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Papo de Domingo

Procedimentos não cirúrgicos aumentaram 390% em dois anos

O Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos, responsável por 10% deles em todo mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com o ranking da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica.

Vanessa Pimentel

Publicado em 25/03/2018 às 13:30

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Os procedimentos não cirúrgicos aumentaram 390% em dois anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. / Divulgação/CREMESP

Os procedimentos não cirúrgicos aumentaram 390% em dois anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A procura por procedimentos minimamente invasivos cresceu consideravelmente, principalmente entre os brasileiros. E os números não param de aumentar.

O Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos, responsável por 10% deles em todo mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com o ranking da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica.

Entre os procedimentos cirúrgicos mais pedidos no país estão em ordem de ranking: lipoaspiração e aumento de seio com silicone (totalizando 426.250 cirurgias). Entre os não cirúrgicos estão toxina botulínica e preenchimento com ácido hialurônico (totalizando 752.400 procedimentos), o que aponta uma tendência para os procedimentos minimamente invasivos. 

Por isso, São Paulo sediou no final de semana passado o maior e mais importante evento de cirurgia plástica, a XIX Edição do Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica, que começou na sexta-feira (16) e se encerrou no domingo (18), no Sheraton WTC Hotel.

O evento recebeu diversos cirurgiões plásticos do mundo para mostrar as novidades do ramo. Entre os principais temas abordados estão as cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil (lipoaspiração e prótese de mama); harmonização e volumetria de rostos com procedimentos minimamente invasivos (toxina botulínica, preenchimentos, fios de sustentação, bichectomia); lifting de pescoço, lábios e braços; vaidade masculina (microimplante capilar, ginecomastia, barba); cirurgia plástica pós-bariátrica;  tecnologia na cirurgia plástica; segurança na cirurgia ­plástica. 

Novas técnicas

Neste ano, os coordenadores do simpósio destacaram a importância do estudo da anatomia para aperfeiçoamento das técnicas da cirurgia plástica, como por exemplo, na cirurgia de pescoço. Nesta cirurgia, os especialistas posicionam as estruturas (músculo, gordura e pele) para um agradável contorno do pescoço. O procedimento é indicado tanto para homens quanto para mulheres. Jovens, adultos e idosos podem fazer essa cirurgia para corrigir pescoços mal definidos, pescoços grossos e sem definição entre o pescoço e o queixo, além da retirada de flacidez, não estando relacionada somente ao envelhecimento e sim a perda de contorno. 

Neste Papo de Domingo, confira uma entrevista com o cirurgião plástico e coordenador do Simpósio, Dr. Ewaldo Bolívar. 

DL – De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os procedimentos não cirúrgicos aumentaram 390% em dois anos. O que são procedimentos não cirúrgicos? 
Ewaldo Bolívar – São procedimentos em que não se utiliza bisturi e nem faz cirurgia. Exemplo: para pacientes com rugas na testa tratamos com toxina botulínica. Se apresenta bigode chinês (sulco nasogeniano) tratamos com preenchimentos não permanente (como o ppma), fazemos com ácido hialurônico.

DL – A procura por processos menos invasivos cresceu consideravelmente, principalmente entre os brasileiros. Por que você acha que este tipo de técnica conquistou o pessoal por aqui?
Ewaldo – Conquistou porque não se exige grande quantidade de exames e não há internação hospitalar, é ambulatorial. Os resultados também podem ser observados em menos tempo.

DL – O Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos, atrás apenas dos Estados Unidos. O que isso diz sobre o comportamento dos ­brasileiros?
Ewaldo – Isso é relativo, porque se formos falar em lipoaspiração, plástica de mama, o Brasil é o primeiro no mundo, mas em relação a outros procedimentos, há uma queda em relação aos EUA.

DL – O perfil comportamental das mulheres mudou em relação aos pedidos de cirurgias, por exemplo: se antes queriam silicone maior, agora pedem por um tamanho mais natural?
Ewaldo – Sim. Isso é uma realidade. A mulher tem muito mais consciência hoje entre uma prótese grande e uma média que se relaciona melhor com seu contorno corporal.

DL – E a procura por cirurgias estéticas pelo público masculino ­cresceu?
Ewaldo – Sim, muito, porque não existem problemas psicológicos e sim a procura pelo bem que ele necessita. Exemplo: plástica de nariz é necessária para fazer respirar melhor e esteticamente melhorar o ­visual.

DL – Quais as cirurgias plásticas mais realizadas em homens?
Ewaldo – Rinoplastia, Lipoaspiração e Ginecomastia (retirada da glândula mamária em excesso no homem).

DL – Existe uma faixa etária mais propícia a procurar por procedimentos estéticos?
Ewaldo – A partir dos 18 anos.

DL – O que se deve levar em conta quando começa a se pensar em fazer cirurgia plástica?
Ewaldo – Cirurgia Plástica sempre com Membro Especialista da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e exames pré-operatórios em dia, e em caso de anestesia geral, consulta com o anestesista.

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