06 de Maio de 2024 • 19:01
Papo de Domingo
Para a coordenadora de recursos humanos Carolina Silva, muitos candidatos afirmam que começam a procura por vagas apenas no último mês do seguro desemprego. “O argumento mais comum para o comportamento é não querer perder o benefício”, comenta.
A coordenadora de recursos humanos Carolina Silva. / Divulgação
O brasileiro está precisando de mais tempo para encontrar um emprego. Em 2017, a média de tempo para recolocação profissional foi de 14 meses, dois a mais na comparação com 2016. Os dados são de pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Para a coordenadora de recursos humanos Carolina Silva, muitos candidatos afirmam que começam a procura por vagas apenas no último mês do seguro desemprego. “O argumento mais comum para o comportamento é não querer perder o benefício”, comenta.
No entanto, iniciar a busca por um novo emprego, logo após a demissão, pode resultar em melhor aproveitamento das oportunidades.
Carolina é psicóloga de formação e possui mais de dez anos de experiência como coordenadora de RH. Além disso, é especialista em gestão da equipe de seleção, estratégia, gestão da entrega de serviços de recrutamento e seleção, gestão do faturamento, outplacement, mapeamento de mercado e planejamento motivacional, orientativo e de integração.
Em entrevista ao Diário do Litoral, a profissional deu dicas de como se recolocar no mercado de trabalho.
Diário do Litoral - Quanto tempo, em média, os profissionais costumam demorar para conseguir uma recolocação no mercado?
Carolina Silva - Essa estatística mudou bastante nos últimos dois anos, temos visto candidatos chegarem a ficar 18 meses desempregados. Mas não é uma regra, conseguimos acompanhar casos de menos de seis meses, isso depende do nível e do segmento do profissional.
Diário - Quais os principais erros na hora de procurar por uma recolocação?
Carolina - O profissional deve sempre ter uma conduta profissional a partir da ligação do recrutador – poucos pensam sobre isso, mas o profissional já começa a ser avaliado a partir deste momento. Ou seja, é importante respeitar um dress code quando for à agência, falar baixo, não usar o celular enquanto fala com o recrutador, e demonstrar vontade e entusiasmo pela vaga. São atitudes que garantem uma recolocação mais rápida.
Diário - Quais as vantagens de procurar emprego antes de terminar o seguro desemprego?
Carolina - Além de ter mais tempo para procurar e avaliar propostas de emprego, o candidato vai mais sossegado à entrevista por não estar sem salário e costuma ir melhor por não aparentar desespero.
Diário - Há alguma situação que seja recomendável esperar o seguro desemprego acabar para procurar outra oportunidade?
Carolina - A menos que o emprego esteja garantido depois, não. Até mesmo oportunidades de trabalho temporário podem ser interessantes porque podem levar à recolocação definitiva.
Diário - Quais os cuidados devem ser tomados na hora de elaborar o currículo? Existe um modelo de currículo ideal?
Carolina - O candidato deve ser claro, conciso, e não mentir sobre qualidades que não vai poder comprovar. Não há um único modelo ideal, mas o candidato deve listar todos seus diferenciais de formação, experiência e idiomas e também colocar o objetivo no início do currículo. Não é aconselhável fazer um CV com mais de duas páginas.
Diário - Qual a importância do networking?
Carolina - Fundamental! O mercado tem de saber que profissional você é e que você está à procura.
Diário - Em um mercado tão competitivo, como o profissional pode se destacar?
Carolina - Ao fazer um bom currículo, movimentar o networking e mostrar boa postura nas entrevistas, ele automaticamente se mostra um candidato com potencial.
Diário - Hoje, boa parte dos currículos são enviados por email ou cadastrados em plataformas de emprego, como se destacar nestes meios?
Carolina - Da mesma forma, enviar um bom currículo e ficar de olho nos cargos em que já tem experiência.
Diário - Algumas pessoas, mesmo não tendo as qualificações necessárias para a vaga, decidem enviar seu currículo. Isso é aconselhável?
Carolina - Caso o profissional esteja estudando algo diferente da sua formação original e queira mudar de área, sim, mas em geral é melhor se candidatar às vagas nas quais tem experiência. Se candidatar a qualquer vaga pelo desespero é mal visto pelas agências.
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