O Caminho do Lixo

Guarujá produz cerca de 350 toneladas de lixo por dia

Mas, atualmente recicla apenas 60 ton/mês e possui 250 condomínios esperando para serem atendidos pelo serviço

Vanessa Pimentel

Publicado em 06/06/2017 às 08:01

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Localizada no Morrinhos, a área de transbordo do Guarujá recebe o lixo diário, bascula e envia os detritos para o / Divulgação/Prefeitura de Guarujá

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Todo dia a rotina se repete. Após embalar o lixo, pessoas em todos os lugares se dirigem às lixeiras e se livram do que não serve mais. Nesse processo, Guarujá produz cerca de 350 toneladas de lixo por dia e conta com a empresa Terracom para realizar a coleta e a limpeza urbana. Os gastos com o serviço variam de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões por mês, dependendo da quantidade de toneladas retiradas pela empresa.

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O caminho do lixo. De acordo com a Secretaria de Operações Urbanas de Guarujá (Seurb), os caminhões coletores passam durante todo o dia e início da noite, divididos pelos locais com maior fluxo de descarte.

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Por exemplo, pela manhã, os locais percorridos são os grandes geradores de resíduos, principalmente áreas públicas, como feiras livres.  À tarde e no início da noite, o serviço realiza a coleta do lixo produzido pelas residências.

Depois, todo o lixo recolhido vai para a área de transbordo, localizada na região de Morrinhos e fiscalizada por funcionários da Seurb e da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), desde 2004. Eles são responsáveis por detectar possíveis problemas, como a proliferação de aves em meio aos resíduos.

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A programação da coleta de lixo na cidade é feita da seguinte forma:

- Todos os dias, durante o dia: Morrinhos, Jardim dos Pássaros, Parque Estuário, Centro (Pitangueiras), Jardim Helena Maria, Jardim Primavera, Vila Alice, Barra Funda, Tombo (orla); Santa Rosa, Santo Antônio, Jardim Santa Maria, Astúrias (orla), Vila Funchal e Vila Lígia.
- Segundas, quartas e sextas, durante o dia: Cachoeira, Jardim Progresso, Vila Áurea, Jardim Albamar, Conceiçãozinha, Jardim Boa Esperança, Jardim Monteiro da Cruz, Vila Edna e Perequê.
- Segundas, quartas e sextas, durante a noite: Guaiúba, Astúrias, Cidade Atlântica, Jardim Helena Maria, Jardim Praiano, São Miguel, Jardim Três Marias, Tombo, Granville e Vila Baiana.
- Terça e quintas, durante o dia: Acapulco, Jardim Mar e Céu, Mar Casado, Maré Mansa, Pernambuco e Pae Cará.
- Terça e quintas, durante a noite: Vila Júlia, Balneário, Jardim Virgínia, Parque Enseada, Tortuga, João Batista Julião.

A Semam informou que vem promovendo encontros com o objetivo de debater alternativas de tratamento e descarte dos resíduos sólidos (Foto: Rodrigo Montaldi/DL)

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O processo do transbordo.

Depois que os detritos são despejados pelos caminhões na área de transbordo, o material é compactado e despejado em caminhões maiores, apropriados para realizar o transporte até o Aterro Sítio das Neves, na Área Continental de Santos. A área é coberta e pode armazenar o material por um período de três dias.  

A coleta seletiva

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Segundo a Semam, a cidade conta com um programa de coleta seletiva realizada também pela Terracom. Dentre os bairros que percorre, soma-se 341 condomínios; 57 escolas da rede municipal; 27 pontos próprios e públicos e 23 locais privados. Ainda existem 250 condomínios esperando para serem atendidos pelo serviço.

Por mês, são destinadas para duas cooperativas cadastradas na prefeitura, a média de 65 toneladas de recicláveis, que lá são triados e vendidos para indústrias.  

Atualmente, o serviço conta com um caminhão-baú que passa nos locais indicados todos os dias.

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Novo contrato

Em cumprimento à determinação do Ministério Público, a Prefeitura informou que está em processo de contratação das duas cooperativas regularizadas da cidade, a Coperbem e a Mundo Novo. Dessa forma, as duas terão autonomia para realizar o serviço de coleta seletiva na cidade.

E você, recicla o seu lixo?

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O Diário do Litoral conversou com alguns moradores da cidade para saber o que fazem com o lixo que geram.  Vivian Oliveira dos Santos mora no bairro Jardim Boa Esperança. De acordo com ela, a coleta seletiva não passa por lá, o que prejudica quem quer reciclar. “Nós separávamos os materiais recicláveis porque antes havia uma casa onde os moradores recolhiam e vendiam, mas eles se mudaram e desde então, a separação é em vão. Acaba indo tudo para o lixo comum”, explica ela.

Já a moradora do bairro Jardim Enseada, Priscila Costa conta com a coleta seletiva, mas não é sempre que ela consegue separar o lixo. “Aqui o caminhão passa terça e sábado, mas na correria acabamos não separando e vai tudo para o lixo comum”, justifica.

Questionada sobre o que falta para a população se conscientizar sobre a importância da reciclagem, ela diz que falta incentivo. “Falta divulgação e programas de incentivo à comunidade. Assim, as pessoas dariam muito mais valor”, declara.
 
Cooperativas

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Na próxima semana, a série Especial Meio Ambiente – O Caminho do Lixo trará a situação das cooperativas de reciclagem da Baixada Santista. Terça-feira será a vez do Guarujá.

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