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Entrevistas

Rodrigo Julião: Candidato a presidente da OAB

O Diário do Litoral dá início à série de entrevistas com os candidatos à presidência da OAB/Santos

Glauco Braga

Publicado em 12/11/2018 às 10:00

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Rodrigo Julião é candidato a presidente da OAB / Divulgação

O Diário do Litoral dá início à série de entrevistas com os candidatos à presidência da OAB/Santos. As perguntas são iguais para todos e o espaço destinado será rigorosamente o mesmo, uma página. A publicação será pela ordem de inscrição dos grupos, de 1 a 5, de segunda a sexta-feira, 12 a 16 de novembro. As eleições serão dia 29 deste mês. 

Diário do Litoral- Por que decidiu ser candidato à presidência da OAB/Santos?

Rodrigo Julião - Acredito na OAB como instituição. Só por meio dela nossa profissão poderá ser dignificada e nosso dia a dia, facilitado. Meu projeto não é pessoal, mas coletivo, fruto da decisão de um grupo que busca a união da advocacia. Nossa candidatura não se trata apenas da recomposição da vontade das urnas, mas sim, de resgatar o protagonismo da visionária advocacia santista.

DL - Quais são suas propostas?

Julião -  Em termos administrativos, iremos descentralizar as atividades para democratizar a tomada de decisões e criar uma unidade de compliance autônoma. Com ajuda de cada um dos advogados e a modernização do aplicativo da OAB, faremos um completo diagnóstico do Judiciário. Isso possibilitará manter rigoroso controle sobre violação de prerrogativas, atrasos de audiências injustificadas e demora nos andamentos processuais. A partir desses dados, estabeleceremos diálogo para solucionar os problemas. Mas, se preciso for, agiremos com a firmeza e a combatividade típicas de nossa profissão. Um exemplo de sucesso que tivemos em nossa gestão foi a parceria entre a OAB, universidades e o Judiciário, para solucionar a morosidade do JEC Santos. Em conjunto com as demais Subseções da Baixada Santista e a OAB/SP, vamos iniciar ampla campanha de apoio ao Projeto de Lei 8.347/2017, que criminaliza o desrespeito às prerrogativas da advocacia, e resolveremos a deprimente situação do Parlatório do CDP de São Vicente. Outro ponto crítico é a liberação de alvarás pelo TJSP. Iremos buscar junto ao Judiciário Paulista a implantação dos mandados de levantamento eletrônico, a exemplo do que já existe nos JECs da Capital. O combate ao aviltamento de honorários e à concorrência desleal se dará mediante a criação da Procuradoria da OAB-Santos. A questão do INSS digital também é fundamental para acelerar os processos administrativos previdenciários. Mas, enquanto isso não ocorre, é necessário que se dê suporte à autarquia. Não é aceitável que processos simples de aposentadorias por idade ou pensões por morte levem de 4 a 8 meses para serem decididos, como acontece no atual convênio. A mulher advogada será defendida de forma prioritária no que tange às suas condições de trabalho. No âmbito de aperfeiçoamento profissional, retomaremos a parceria com a Aasp. Em nossa gestão, eram ministrados os melhores cursos do País quase que diariamente e a baixos custos. Injustificadamente essa parceria foi interrompida. A reaproximação com a sociedade se dará inicialmente através da implantação da Sala de Orientação de Direitos na Delegacia da Mulher, mediante plantões remunerados aos advogados via convênio Cadoj, da criação da Comissão Especial de Vítima de Violência e do estímulo à advocacia solidária e de interesse público, com a criação do Selo OAB Social.

DL- Qual é o maior problema que os advogados enfrentam hoje em Santos?

Julião- Ofensa às prerrogativas, morosidade do Judiciário, burocratização para expedição de guias, atrasos injustificáveis para audiências, concorrência desleal, aviltamento de honorários, entre outros.

DL - Qual sua proposta para o advogado recém-formado e quer entrar no mercado de trabalho?

Julião - O jovem advogado voltará a contar com os cursos de imersão profissional que eram realizados logo após a cerimônia de entrega de carteiras. Iremos ampliar e modernizar os escritórios compartilhados que criamos em 2013 e implementar Núcleo de Apoio à Gestão de Escritórios, que contará com profissionais habilitados para dar suporte aos jovens advogados quanto aos planejamentos financeiro e administrativo, gestão de pessoas e marketing jurídico.

DL- Qual sua avaliação sobre os escândalos financeiros envolvendo as últimas administrações da OAB/Santos?

Julião- As contas das últimas gestões foram aprovadas. Existem alguns destaques pendentes no Conselho Estadual, que até onde se saiba, ninguém foi intimado a esclarecer. O que infelizmente se tem visto é a utilização política disso. Está sendo criado um clima de beligerância que só denigre e prejudica nossa classe.

DL- O senhor acha que existem faculdades de Direito em excesso na Cidade?

Julião- Não entro no mérito da quantidade de faculdades. O mais importante é a formação qualificada e continuada dos profissionais.

DL- Qual sua opinião sobre a eleição ter cinco candidatos?

Julião- A OAB deve servir aos advogados. A existência de cinco chapas permite o debate saudável de ideias em prol da advocacia.

DL- O senhor acha que os candidatos que têm problemas a serem resolvidos no Conselho de Ética deveriam ficar fora da disputa?

Julião- É requisito para deferimento na inscrição das chapas não existirem condenações dos candidatos no CE. Todas as chapas foram deferidas.

DL- Quem o senhor apoia para a Seccional São Paulo e por quê?

Julião- Pessoalmente e em razão do espaço que foi aberto ao dr. Ricardo Sayeg e dr. Arruda Alvim, apoio Marcos da Costa.

DL- Por que o senhor vota no senhor nessa eleição?

Julião- Fizemos uma gestão que foi aprovada pela advocacia, com 2.323 votos em favor do segundo mandato. Acreditamos que, Juntos Pela Ordem, podemos fazer muito mais.

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