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Chevrolet Onix 1.0 Turbo Premier / Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira, da AutoMotrix

Com a pandemia da Covid-19, os emplacamentos de veículos no Brasil despencaram em abril e maio e, a partir de junho, começaram a se recuperar. Mas o Onix se mantém como o carro mais vendido do ano: cerca de 105 mil unidades de janeiro a outubro. Na linha Onix, a versão topo de linha é a 1.0 Turbo Premier, que briga com compactos em configurações bem "recheadas" de equipamentos, como o Volkswagen Polo Highline 200 TSI e o Hyundai HB20 Diamond, ambos com motor de três cilindros 1.0 turbo.

Em termos de design, a frente é larga, com uma grade maior que a da geração anterior e para-brisa bastante inclinado. Os faróis são mais afilados, e a configuração Premier tem projetores nos faróis e nas luzes diurnas no para-choque, assim como a iluminação de led nas lanternas. Os repetidores de seta não ficam nos retrovisores, porém, nos para-lamas. Na traseira, as lanternas são trapezoidais e protuberantes e há um elegante aerofólio na parte superior. Apesar das dimensões aumentadas, o porta-malas diminuiu em relação ao antigo Onix, caindo de 289 para 275 litros, devido às caixas de rodas maiores. A tampa do porta-malas só abre pelo comando da chave ou pelo acionamento de uma tecla no painel. As rodas são de liga leve de 16 polegadas, calçadas com pneus 195/55 R16.

Design é importante, mas a grande atração da versão Premier do Onix está escondida sob o capô. Também adotado na configuração "top" do Onix Plus, o motor é um 1.0 turbo flex com três cilindros e 12 válvulas, que conta com sistema multiponto com bicos injetores pré-aquecidos, sem injeção direta de combustível - uma tendência entre os propulsores mais modernos. Entrega potência de 116 cavalos (com gasolina e etanol) a 5.500 rpm e torque máximo de 16,3 kgfm com gasolina e 16,8 kgfm com etanol, sempre a 2 mil rpm. O motor trabalha associado a uma transmissão automática de 6 velocidades com opção de troca manual de marchas na manopla. Nos testes do Inmetro, em ciclo urbano, o modelo obteve 13,9 km/l com gasolina e 9,9 km/l com etanol, enquanto na estrada atingiu 16,7 km/l com gasolina e 11,7 km/l com etanol. Para economizar combustível, o compacto usa sistema start/stop, que desliga automaticamente o motor em paradas temporárias.

Na linha 2021, o Onix traz na versão Premier o MyLink 3, com tela LCD tátil de 8 polegadas, integração sem fio com smartphones por meio do Android Auto e Apple CarPlay, rádio AM/FM, função áudio streaming, Bluetooth para até dois celulares simultaneamente e entrada USB no console. Tem duas entradas USB para quem senta no banco traseiro. O sistema disponibiliza câmera de ré e carregador Wireless (sem fio). O Wi-Fi 4G nativo viabiliza conexão com a internet a bordo - o pacote de dados básico parte de R$ 29,99 mensais. A versão oferece o sistema de concierge OnStar, com mensalidade de R$ 89,90. A lista de equipamentos de série inclui ar-condicionado, assistente de partida em aclive, computador de bordo, controle eletrônico de estabilidade e tração, controles do rádio e telefone no volante, direção elétrica progressiva, painel de instrumentos de 3,5 polegadas digital TFT, sensor de estacionamento traseiro, sistemas de fixação de cadeiras para crianças e de monitoramento de pressão dos pneus, coluna de direção com regulagem em altura e profundidade, acendimento automático dos faróis por meio de sensor crepuscular, câmera de ré, abertura das portas por sensor de aproximação da chave e partida por botão.

A versão Premier tem preço inicial de R$ 77.090, nas cores metálicas Preto Ouro Negro ou Laranja Tiger. A cor sólida Branco Summit acrescenta R$ 750 e as metálicas Prata Switchblade, Vermelho Carmim ou Azul Seeker somam R$ 1.600 à fatura. Os opcionais R7M e R7R (ambos custam R$ 3.200) acrescentam itens como alerta de ponto cego, ar-condicionado com controle eletrônico de temperatura e sistema automático de recirculação, bancos com acabamento premium, sistema de estacionamento automático, sensor de estacionamento dianteiro e lateral e acabamento interno nas cores preto e caramelo - há opção de preto e cinza.

Dinamicamente eficiente

O motor 1.0 turbo Ecotec, com três cilindros e 12 válvulas, confere ao Onix habilidade de sobra para circular com total desembaraço. É silencioso e viabiliza retomadas de velocidade decentes. Quando o motorista pisa fundo no acelerador, a reação não é tão imediata por que a injeção não é direta. Entretanto, o turbo logo mostra a que veio e o carro dispara. Em velocidade de cruzeiro, quase não se ouve o motor.

Disponível já na faixa de 2 mil giros, o torque máximo de 16,3 kgfm dá ao motor a capacidade de reagir rápido. O câmbio automático de 6 marchas é bem escalonado e não apresenta trancos. O Onix não traz borboletas atrás do volante para as trocas de marchas manuais. Elas podem ser feitas por meio de uma tecla que fica na lateral do pomo da alavanca de câmbio, na posição “L” – mas não vale muito o esforço. Quando se passa da posição “D” para a “L”, ocorre redução para uma marcha mais forte. Assim, é possível tirar proveito do freio-motor na descida, poupando os freios.

A direção do Onix conta com assistência elétrica bem ajustada. A suspensão é um tanto rígida demais e transfere boa parte das irregularidades do solo para dentro do carro. Em compensação, permite ao hatch oferecer mais estabilidade em curvas feitas em altas velocidades, embora a carroceria incline nas mais fechadas. Os freios contam com discos na frente e tambores atrás, com ABS e controle eletrônico de frenagem (EBD), e se mostraram eficientes quando são solicitados.

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