Notícias

‘Meu Quintal é Maior que o Mundo’ resgata a infância

Com base nos poemas do pantaneiro, grupo desperta metáforas e cenas lúdicas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/09/2015 às 20:57

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Lincoln Spada

O lado lúdico da infância e da adolescência nos versos de Manoel de Barros (1916-2014) compõem o espetáculo ‘Meu Quintal é Maior que o Mundo’, do teatro santista Wídia, encenado gratuitamente amanhã, às 15h30, na Fonte do Sapo, na Aparecida.

Com direção e concepção cênica de Platão Capurro Filho, a peça conta no elenco com Diego Alencikas, Ernani Sequinel, Fabíola Moraes e Val Nascimento. Na montagem, o quarteto encontra o público para brincar e fazer poesia onde o olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê a obra do poeta.

Adaptação do livro ‘Memórias Inventivas’, a peça “fala sobre o olhar do mundo que perdemos a partir do momento que nos tornamos adultos. A escolha é porque a obra de Manoel de Barros sempre esteve presente na minha vida, sou pantaneiro e muita coisa que ele relata em sua obra eu vivi, conheço o quintal que ele tanto fala”, justifica o diretor Platão.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Peça tem influência em ‘Memórias Inventivas’ (Foto: Regina Alencikas)

Se os versos do autor correspondem em metáforas que reinventam tempos e situações do cotidiano, a companhia se enveredou nos ensaios em suas memórias da infância, nos estudos acadêmicos sobre sua obra e em pesquisas da cultura pantaneira, como a viola de cocho. Adriana Gianvecchio e Marcus Di Bello também colaboraram na dramaturgia.

O teatro foi pensado para rua, praça, parque... “Os objetos cênicos são os mais simples, sempre dando importância as coisas desimportantes como a corda, o elástico, pernas de lata, bilboquê de lata, bolita (bolas de gude), bola de meia, carrinho de rolemã, cabo de vassoura, aro de roda de bicicleta, pedras”, enumera o diretor teatral. “Enfim, objetos que deixamos esquecidos dentro das gavetas, dos quartinhos”.

O início da produção foi no segundo semestre do ano passado e, desde 2015, o coletivo realiza os ensaios e a troca de experiências com o público. “Crianças e adultos realmente participam do espetáculo, brincam com os atores. Da repercussão, houve o relato de um adulto dizendo que voltou ao tempo junto ao espetáculo”.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software