Notícias

Grupo XIX de Teatro encena ‘Hygiene’ hoje à tarde no Centro

Atores percorrem Rua do Comércio durante espetáculo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/09/2015 às 20:52

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Lincoln Spada

As vias do Centro de Santos vão ser tomadas pelo elenco paulistano do Grupo XIX de Teatro hoje, às 16 horas, com a peça gratuita ‘Hygiene’. Tendo início na Rua do Comércio em frente ao Valongo seguindo até a Casa da Frontaria Azulejada, o coletivo trata sobre o processo de higienização urbana do País desde o século 19.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A direção é assinada por Luiz Fernando Marques, que também faz a dramaturgia da peça junto de Sara Antunes, Janaina Leite, Juliana Sanches, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim e Ronaldo Serruya.

Com exceção de Sara, os demais atores-criadores estarão em cena ao lado de Tatiana Caltabiano. Em entrevista, a atriz Juliana Sanches aborda mais sobre a proposta do teatro.

DL: Em primeiro lugar, sobre o que trata o seu espetáculo? O que vocês pretendem passar ao público?
JS:
‘Hygiene’ é um espetáculo sobre a virada do século 19 pro 20 no Rio de Janeiro, em que, em nome da higiene e da normalização, inúmeros cortiços são demolidos para a construção das novas avenidas. Trata-se do último dia de um cortiço e da história das pessoas que moravam nele e eram  despejadas. Enfim, trata-se de imposição pelo setor dominante. Pretendemos um encontro desses personagens com o público de hoje.

Para montagem da peça. elenco pesquisou mais de 51 livros, entre eles, ‘O Cortiço’ (Foto: Grupo XIX de Teatro/Divulgação)

Continua depois da publicidade

DL: Pode descrever sobre o processo da dramaturgia desta peça?
A criação do texto é coletiva e nossas fontes de pesquisa sãp as mais variadas possíveis. Nós lemos 51 livros, desde ‘O Cortiço’ e crônicas até livros sobre doenças e higiene da época. Além de utilizarmos histórias de nossos avós, músicas, imagens, enfim, um vasto material.

DL: Ao todo, foram 13 meses de pesquisa. Quais são os cenários e os figurinos escolhidos para a montagem do espetáculo?
O cenário da peça é a própria cidade, a história da cidade conta essa peça conosco. Nos interessa muito essa fricção,  essa sobreposição de realidades: expondo a forma de vida de uma região,  o que precisa hoje ser revelado no espaço público.

DL: E desde a estreia em 2005, como está sendo foi a repercussão do público diante destas apresentações?
O espetáculo estreou na Vila Maria Zélia,  zona Leste de SP. De lá pra cá, apresentamos em diversas cidades, estados e países. Passamos pelo Pelourinho que sofreu um processo bem parecido, pelo Acre, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Portugal, Itália...
 Em todos os lugares, acontece a troca, o questionamento de como o Poder Público influencia o jeito que moramos, como nos apropriamos desses espaços públicos, e como vivenciamos as ruas e praças atualmente.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software