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Papo de Domingo

'Existe um preconceito com o aeroporto', diz prefeito de Itanhaém

Marco Aurélio Gomes revela que a insistência por um aeroporto em área central é um equívoco regional.

Carlos Ratton

Publicado em 28/07/2019 às 11:16

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O prefeito Marco Aurélio Gomes (PSDB) diz que deixará o Projeto Mais Itanhaém em andamento antes de terminar seu segundo mandato. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

O desabafo é do prefeito de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes (PSDB) que, antes de terminar seu segundo mandato, deixará o Projeto Mais Itanhaém em andamento, que prevê investimentos de mais de R$ 1 bilhão em obras de saneamento básico, macrodrenagem, pavimentação, segurança e iluminação, além do reconhecimento nacional de Itanhaém com a premiação do Programa Educacional Aprendizado do Futuro.

Diário do Litoral - Faltam 16 meses para terminar sua segunda gestão. O que falta fazer?

Marco Aurélio Gomes - Concluir o trabalho de infraestrutura da Cidade. Deixamos um legado importante na área do turismo, resgatamos a autoestima dos moradores e dos comerciantes. Criamos o Programa Minha Rua Melhor, que levou pavimentação e drenagem aos bairros distantes do centro comercial; investimos em iluminação melhorar a segurança pública; reformamos as escolas, enfim. Termino meu segundo mandato oferecendo o maior pacote de obras da história de Itanhaém.

Diário - Explique em números.

Marco Aurélio Gomes - Quando assumi a Prefeitura, a Cidade só possui 40% de saneamento básico (água e esgoto tratado). Assinei novo contrato com a Sabesp que irá garantir 98,3%. As obras já iniciaram. Até o final desse meu segundo mandato, já teremos 70% da Cidade saneada. Com relação à iluminação, entregamos mil pontos e vamos entregar mais mil.

Diário - Acidentes com embarcações na Boca da Barra. O senhor tomou alguma atitude com relação a questão?

Marco Aurélio Gomes - Criamos grupos de trabalho envolvendo todos os segmentos que utilizam o canal e iniciamos um trabalho forte de monitoramento e segurança. Pedimos uma fiscalização mais efetiva da Marinha.

Diário - A Plataforma "Mãos à Obra" foi um avanço em relação ao emprego e renda?

Marco Aurélio Gomes - Formamos e capacitamos muitos itanhaenses com relação à prestação de serviços. O turismo e a construção civil têm movimentado a economia da Cidade e, neste sentido, nos preocupamos em garantir que a mão de obra do Município fosse aproveitada, com um banco de profissionais cadastrados. No bairro Chácara Cibratel, vamos investir R$ 7 milhões em infraestrutura e criar um distrito empresarial, para estimular investidores.

Diário - O aeroporto decola?

Marco Aurélio Gomes - Falta união dos prefeitos da região metropolitana em entender que o Aeroporto de Itanhaém já está pronto e pode ser utilizado imediatamente. Existe um preconceito com nosso aeroporto no sentido de direcionar os esforços para um em localização mais central. Demanda se cria. Não existe nenhum aeroporto no mundo que você não tenha que se locomover de 40 a 60 minutos para chagar ao hotel. Todas as cidades da região estão cerca de 35 minutos de carro de Itanhaém.

Diário - Há impasse na Cidade sobre a Centro Histórico?

Marco Aurélio Gomes - Itanhaém já não comporta mais o conceito de vila. Temos mais de 100 mil habitantes, o comércio está aquecido, os turistas descobriram a Cidade e é preciso gerar renda e empregos. Eu defendo a preservação histórica e cultural, mas precisamos destravar o município visando o desenvolvimento econômico. Neste segundo semestre, estou enviando à Câmara dois projetos. Um alterando a lei de zoneamento e o outro mexendo na questão da verticalização, respeitando a área do aeroporto. Em alguns lugares, permitiremos prédios de até 30 andares. Fizemos mais de 50 audiências públicas até chegarmos aos dois projetos. O Centro Histórico será revitalizado e vai ganhar centro de eventos no antigo campão. Tudo com recursos do DADE.

Diário - O hospital ainda não funciona como deveria. O senhor tem consciência disso?

Marco Aurélio Gomes - Ele é referenciado e não é de portas abertas. No entanto, com a ampliação, possui uma capacidade de 240 leitos e não está atendendo em sua totalidade. Nossa briga com o Governo do Estado é justamente mudar essa realidade. Existia um cronograma e não foi cumprido. Atende só 75% de sua capacidade. Queremos mudar isso.

Diário - Os problemas relacionados ao transportes público serão resolvidos?

Marco Aurélio Gomes - No meu primeiro mandato, tive que respeitar o contrato vigente. Encerrado o contrato, abri licitação respeitando todas as exigências impostas pela população nas audiências públicas. Uma empresa sagrou-se vencedora, assumiu o serviço, mas não cumpriu o contrato. Montamos um processo para apurar responsabilidades e multei a empresa em mais de R$ 1,7 milhão. Depois, entrei com uma ação de cobrança na Justiça. A empresa continuou descumprindo o contrato e eu determinei a contratação de uma empresa emergencial para assumir o serviço enquanto não efetivamos o processo de rescisão contratual e aprovamos nova licitação.

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