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Cortinas fechadas, teatros em obras

Acúmulo de atrasos são recorrentes em obras públicas do setor cultural da Baixada Santista

Publicado em 06/09/2015 às 12:33

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Lincoln Spada

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Foi em abril que se alardeou o retorno da agenda cultural de espetáculos no Teatro Procópio Ferreira em Guarujá. O entusiasmo tem sua razão: o principal espaço cênico da Cidade, com 440 lugares, estava fechado por quatro anos e agora a comunidade precisa recuperar o hábito de frequentar o prédio público.

O acúmulo de atrasos, as dificuldades orçamentárias e a necessidade de adequação dos espaços aos Autos de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCBs) são recorrentes em obras públicas, ainda mais no setor cultural. Na Baixada Santista, são poucos os teatros públicos abertos a população atualmente, como o Coliseu e o Guarany (Santos), o Palácio das Artes (Praia Grande) e o Centro Cultural Raul Cortez (Mongaguá).

Em Santos por exemplo, novembro é o mês previsto para a reabertura do Teatro Municipal Braz Cubas, em reforma desde julho do ano passado. Durante estes 16 meses, a obra começou com a troca do urdimento no palco (estrutura de suporte à iluminação, cenários e cortinas), já que a anterior era a mesma da inauguração do espaço, em 1979.

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Esta nova estrutura, de acordo com a Secretaria da Cultura (Secult), "vai evitar a corrosão, porque o material foi fixado sob a laje de cobertura do teatro, protegido dos efeitos de chuva e sol". Inicialmente, a prefeitura anunciou à imprensa que o Braz Cubas voltaria a funcionar ainda em janeiro deste ano, em decorrência da substituição do urdimento orçado com recursos próprios em R$ 428 mil.

No decorrer dos meses, as cortinas continuam fechadas para a adequação do local ao Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. "Atualmente o teatro recebe serviços de impermeabilização do telhado, reparo do ar-condicionado, limpeza e troca de extintores de incêndio e sinalização de emergência", diz a Secult.

A obra teve coordenação da Prefeitura e contou com acompanhamento técnico do arquiteto Júlio Katinsky, um dos idealizadores do prédio que abriga o teatro, o Centro de Cultura Patrícia Galvão. O Teatro Braz Cubas tem capacidade para 589 espectadores.

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Em novembro o Teatro Municipal deve reabrir (Foto: Matheus Tagé/DL)

Teatro Rosinha Mastrângelo

Ainda no Centro Cultural Patrícia Galvão, o Teatro de Arena Rosinha Mastrângelo segue sem previsão de reabertura desde seu fechamento em 2009. O equipamento público inaugurado em 1992 foi fechado 17 anos depois por causa das infiltrações sob o tablado e no teto.

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Em 2013, a Prefeitura fez a desmontagem das antigas arquibancadas e remoção de entulho da arena, no entanto, ela busca parceiros para realizar a reforma completa, orçada em R$ 400 mil, para o lugar com capacidade para 250 pessoas.

No projeto de reforma, a Secult afirma que "além da eliminação das infiltrações sob o palco, a instalação de novo tablado, recuperação da cabine de som, do ar-condicionado, das arquibancadas, camarins e sanitários".

Outros espaços culturais

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Em São Vicente, o teatro municipal no Parque Bitaru ainda segue sem previsão de entrega. A obra iniciou em 2009 e num prazo de dois anos seria inaugurado o prédio de 1,6 mil metros quadrados com plateia para 497 lugares.

O município já conta com auditórios para apresentações artísticas nas Oficinas Culturais, no Catiapoã, e no Parque Cultural Vila de São Vicente, no Centro. Um terceiro auditório deve ser recuperado até agosto de 2016: o do Cine 3D. Por causa de suas instalações, o equipamento foi fechado em 2013 e junto à Praça 22 de Janeiro (playground, academia ao ar livre, paisagismo e pista de caminhada) passará por reforma no valor de R$ 1,3 milhão.

Já em Cubatão, o teatro-auditório de 800 metros quadrados para 350 lugares localizado no Centro Multimídia do Novo Anilinas ainda não tem previsão de abertura, pois "a inauguração da sala está condicionada ao processo de captação de recursos pela Lei Rouanet, ProAC e recursos próprios", informa a Administração.

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O teatro já está com o projeto cenotécnico e vestimenta cênica concluídos, além de ar-condicionado. De acordo com a Prefeitura, o projeto elétrico tem início em setembro com recursos próprios, "faltando o projeto acústico e obras complementares como adaptação de camarim".

Itanhaém também está construindo há anos um teatro municipal, para acomodar 389 pessoas, no centro do município. O equipamento público será inicialmente voltado para realização de projetos educacionais e artísticos. A prefeitura não informou a estimativa do prazo para a inauguração.
 

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