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Sombrinha relembra parceria e amizade com Arlindo Cruz

Músico de São Vicente falou à Globo News sobre os mais de 40 anos de convivência com o sambista, que morreu nesta sexta-feira (8)

Luna Almeida

Publicado em 08/08/2025 às 18:20

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Para Sombrinha, a perda é "irreparável" e mistura tristeza com alívio pelo fim do sofrimento do amigo / Divulgação

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O cantor e compositor Sombrinha falou na tarde desta sexta-feira (8) à Globo News sobre a morte de Arlindo Cruz, aos 66 anos. Emocionado, o músico, que nasceu em São Vicente e é um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal, destacou a importância da parceria e amizade que manteve com Arlindo por mais de quatro décadas.

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Para Sombrinha, a perda é “irreparável” e mistura tristeza com alívio pelo fim do sofrimento do amigo, que enfrentava graves sequelas de um AVC hemorrágico sofrido em 2017. Ele lembrou que conheceu Arlindo em 1981 e que, no ano seguinte, o sambista entrou para o Fundo de Quintal, substituindo Jorge Aragão. 

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Dentro e fora do grupo, os dois construíram uma sólida trajetória, com centenas de composições, discos, temas de novela e momentos marcantes.

O músico definiu Arlindo como um “professor, gênio, poeta do samba e instrumentista maravilhoso” e destacou o legado deixado para a música brasileira. 

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A amizade também ultrapassava o palco, já que Arlindo era padrinho dos três filhos de Sombrinha. Um dos últimos trabalhos juntos foi a participação no samba-enredo do Império Serrano, em 2023.

Entre as histórias vividas pelos dois, Sombrinha recordou uma turnê no Japão, em 1988, quando se apresentaram em 42 cidades ao longo de dois meses. 

Ele contou que um episódio curioso aconteceu durante um passeio matinal, quando Arlindo assustou um grupo de jovens japoneses, que correram chorando, mas no dia seguinte voltaram para revê-los, desta vez sorrindo.

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Sombrinha também falou sobre o impacto cultural do movimento que o Fundo de Quintal ajudou a criar no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, alterando a melodia, a poesia e a rítmica do samba. 

Segundo ele, as composições criadas naquele período permanecem vivas e emocionam o público até hoje, como “O Show Tem Que Continuar” e “Fogo de Saudade”. O músico ressaltou que o trabalho do grupo sempre foi coletivo, com cada integrante contribuindo e aprendendo com o outro.

Fim do sofrimento

O cantor e compositor Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba, morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos. Reconhecido por sua voz marcante e por composições que se tornaram clássicos do gênero, o artista deixou um legado que atravessa gerações e marcou a história da música brasileira. A morte foi confirmada por sua esposa.

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Em março de 2017, Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico e passou quase um ano e meio internado. Desde então, convivia com sequelas graves e enfrentava diversas internações nos últimos anos, até seu falecimento.

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