Pesquisa desvenda o chamado Burnout Parental

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Católica de Lovanio, na Bélgica, apontou que cuidar dos filhos cansa mais do que trabalhar

28 MAI 2017 • POR • 15h01
Divulgação

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Católica de Lovanio, na Bélgica, apontou que cuidar dos filhos cansa mais do que trabalhar. A chamada síndrome do burnout parental atinge um a cada dez pais.

Os pais sabem muito bem que para criar e educar um filho é necessário dedicação, atenção, paciência e muito tempo disponível. É preciso dividir as horas diárias entre levar a criança para escola, natação, aula de inglês, ao médico e preparar o jantar, além de terem que trabalhar e realizar outras atividades pessoais.

A pesquisa, publicada na revista científica "Frontiers in Psycology", verificou cerca de dois mil familiares.

Os resultados mostraram que 13% dos entrevistados sofriam todos os sintomas típicos do esgotamento, ou burnout parental, com abatimento, incompetência e cansaço, sendo que a porcentagem varia de 12,9% para as mães e 11,6% para os pais.

A Síndrome de Burnout ocorre devido tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. O termo "burnout" resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), traduzido do inglês, caracterizando um tipo de estresse ocupacional, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.

Para os autores da pesquisa, o problema surgiu com a transformação do papel do progenitor a partir da década de 1990 na Europa. Dessa forma, os pais passar dedicar-se cada vez mais os filhos. O 'burnout' indica a presença de um enorme desgaste psicológico que agora já não se limita a certas profissões específicas, incluindo a “profissão” de pai e mãe.

Ao menor indício do desgaste, é importante procurar ajuda profissional.