Mourão defende reajuste de 6% e não vê motivo para estado de greve de servidores

Prefeito argumenta que está sendo oferecido aumento acima da inflação, que foi de 4,08%

18 MAI 2017 • POR • 11h29
Alberto Mourão, voltou a defender, ontem, o reajuste salarial apresentado ao funcionalismo - Matheus Tagé/DL

O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, voltou a defender, ontem, o reajuste salarial apresentado ao funcionalismo e declarou que não vê motivo para o estado de greve da categoria. A manifestação do prefeito deve-se à negativa dos servidores públicos às propostas apresentadas de aumento salarial de 6% e de 12,5% do vale-alimentação.

Mourão justifica que as propostas oferecidas respeitam a Lei de Responsabilidade Fiscal. As propostas encaminhadas pela Administração Municipal aos membros do Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Estância Balneária de Praia Grande e à Comissão de servidores foram rejeitadas em assembleia realizada na terça-feira (16).

“A crise econômica elevou o número de pessoas que estão em processo de desemprego, levou o setor privado a demitir e o público a contingenciar investimentos, provoca um maior desaceleramento da economia. Isso não é diferente na região. Praia Grande fez a lição de casa antecipadamente e com isso, apesar das dificuldades enfrentadas em outras cidades do País, somos um Município que ao longo desta crise não atrasou nenhum dia o salário, não deixou de pagar o 13º, férias e manteve os serviços públicos em funcionamento. Destaco ainda que o município que não tem dívida flutuante, nem consolidada grande. Por ter feito todos esses ajustes conseguiu manter a situação do funcionalismo em dia”, declarou o prefeito em nota enviada pela assessoria de imprensa.

Mourão explica que para seguir com o funcionamento pleno das atividades, que inclui este pagamento pontual de servidores e fornecedores, é preciso continuar com esta dinâmica de trabalho. “Não queremos mudar este quadro. Quando você dá um reajuste acima da capacidade para fazer média e política corre-se o risco de gerar uma crise na instituição e esta nunca foi a minha dinâmica administrativa”.

Sobre o estado de greve admitido pelo Sindicato, Mourão ressaltou que não acredita que exista um motivo real para que tal seja realizado já que o Município não descumpriu com nenhuma obrigação.

“Reconheço o direito legítimo de reunião, de reivindicação e até de greve, mas desde que se pressuponha que você não esteja atendendo o mínimo necessário. Estamos concedendo um aumento acima da inflação (que foi de 4,08%) e um reajuste do vale alimentação de 12,5%. Gostaríamos de dar mais? Sim, quem não gosta de pagar melhor e mais, mas temos que ter a responsabilidade fiscal”, disse.

Nesses benefícios pretendidos pelo prefeito, inclui-se o plano de carreira que segundo o gestor, não foi possível de se concretizar de forma mais abrangente em virtude deste cenário. “Reconheço que não consegui fazer ao longo dos últimos três anos o que tinha vontade que é implantar o plano de carreira para as demais categorias da Prefeitura.