Meirelles diz que país continua a trabalhar independentemente de denúncias

O ministro da Fazenda falou sobre a economia e a conjuntura brasileiras para uma plateia de investidores, analistas e empresários

19 ABR 2017 • POR • 00h30
Meirelles disse que que o governo continua a trabalhar independentemente dos inquéritos abertos pelo STF - Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (18) que o governo continua a trabalhar independentemente dos inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal para investigar ministros e parlamentares e que levará essa mensagem às reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do G20 (grupo formado pelas 20 maiores economias mundiais), das quais participará nesta semana em Washington.

“Minha mensagem será simples: o país continua a trabalhar, independentemente de haver inquéritos envolvendo congressistas, autoridades, entre outros. As pessoas continuam nos seus cargos e trabalhando, o ritmo de trabalho continua normalmente”, afirmou Meirelles após participar do encerramento de uma conferência internacional promovida pelo Itaú em São Paulo.

O ministro, que embarca nesta noite para os Estados Unidos, falou sobre a economia e a conjuntura brasileiras para uma plateia de investidores, analistas e empresários. Em entrevista após a apresentação, Meirelles disse que o país está voltando a crescer no ritmo esperado. “É um processo normal de retomada de crescimento, mas o índice mensal de atividade medido pelo Banco Central já mostra crescimento, no último mês, de 1,3%. Está consistente com a nossa projeção de chegar até o final deste ano com crescimento na margem de 2,7% [em relação ao último trimestre de 2016], e entrando em 2018 com um ritmo de acima de 3% de crescimento.”

Meirelles reafirmou que, por enquanto, não há previsão de aumento de impostos. “Não estamos contemplando no momento aumento de impostos”. Segundo ele, o momento é de retomada no crescimento. “Com o ajuste fiscal, estamos em uma parte fundamental do processo, criamos condições para o país começar a crescer. A partir daí, nós já temos uma agenda grande de reformas microeconômicas, visando a aumentar a produtividade da economia através da desburocratização.”