Imposto do santista não cobre folha da Prefeitura de Santos

Veereador Banha já requisitou cópia da folha de pagamento da Prefeitura e vai solicitar a da Câmara Municipal também

7 ABR 2017 • POR • 10h00
“O número de funcionários que ganham acima de dois dígitos (R$ 10 mil) é imenso”, afirma o vereador Antonio Carlos Banha Joaquim - Matheus Tagé/DL

A soma de todos os impostos municipais não é suficiente para cobrir a folha de pagamento de Santos. A informação é do vereador Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB), que tem em mãos um estudo preliminar que detectou a necessidade de frear o crescimento vegetativo dos gastos com pessoal. Presidente da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento da Câmara, composta também pelos vereadores Ademir Pestana (PSDB) e Sérgio Santana (PR), Banha se refere a arrecadação oriunda do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); Imposto Sobre Serviços (ISS); Imposto sobre Transação de Bens Imobiliários (ITBI) e o Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA).

“Quero que a Prefeitura e a Câmara abram para a população as folhas de pagamentos, em que será demonstrada a evolução, ano a ano, do que altos salários e incorporações estão representando para a cidade. O número de funcionários que ganham acima de dois dígitos (R$ 10 mil) é imenso”, afirma o parlamentar que ontem mesmo recebeu uma cópia da folha de pagamento do Executivo com o objetivo de ampliar os estudos, que vão atingir o Legislativo.

“As discrepâncias da folha castigam os menores salários e turbinam os salários altos com qualquer índice de aumento. Por isso, nunca haverá equilíbrio entre o menor e o maior porque as pontas estão muito distantes. Precisamos otimizar os recursos para uma distribuição equitativa”, afirma.

Para Banha, ser chefe em determinados locais está se tornando um castigo. Ele explica que um chefe de pronto -socorro, por exemplo, que coordena todos os profissionais de saúde do equipamento e preserva a vida de centenas de pessoas diariamente ganha cerca de mil reais a mais para tamanha responsabilidade.

“Por isso, pedi a pasta com todos os pagamentos ativos e inativos, inclusive da Câmara, para mostrar para os vereadores e imprensa a realidade. Precisamos reorganizar a folha para evitar a captação de recursos por intermédio de aumento de impostos. Se essa proposta (aumento de impostos) vier para a Câmara não terá meu voto, pois os desempregados, aposentados e pensionistas não podem ter sobrecarga nas despesas”, afirma o parlamentar, que está solicitando da presidência da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) uma cópia dos gastos realizados nos últimos cinco anos com prestadores de serviços, despesas operacionais e com pessoal.