Justiça decreta prisão do ex-delegado da PF Protógenes Queiroz

O ex-delegado da Polícia Federal mudou-se para Suíça e alega estar na condição de asilado político

31 MAR 2017 • POR • 15h42
Protógenes foi condenado, em 2014, pelo STF por violação de sigilo funcional - Agência Brasil

A Justiça Federal de São Paulo decretou a prisão do ex-delegado da Polícia Federal e ex-deputado federal Protógenes Queiroz. Ele foi condenado, em 2014, pelo STF por violação de sigilo funcional, ou seja, vazamento de informações para a imprensa sobre prisões do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e do banqueiro Daniel Dantas, na época em que comandava as investigações da Operação Satiagraha.

A juíza Andréia Moruzzi, da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, decidiu pela prisão de Protógenes por não ter comparecido nas audiências em que seria definida a forma de cumprimento de sua pena em regime aberto. Em 2014, o ex-delegado foi condenado pelo STF em dois anos e seis meses, pena convertida em prestação de serviços comunitários. As informações são da Agência Brasil.

Pela atual decisão, a ausência de Protógenes em três audiências resultou na regressão da pena, com sua condenação em regime fechado. Segundo a juíza, a defesa do ex-deputado não comprovou razões para o não comparecimento.

Protógenes mudou-se para Suíça e alega estar na condição de asilado político. Adib Andouni, advogado do ex-delegado, disse que com a concessão do documento de asilo político, o passaporte de Protógenes foi retido pelo governo suíço.

Segundo o advogado, Protógenes é vítima de perseguição política e sofreria riscos se viesse ao Brasil. "Com a perda do cargo de delegado, ele [Protógenes] não pode andar armado. Um delegado que combatia o crime, é uma pessoa pública, vem sendo perseguido e recebendo diversas ameaças", disse.