Ellen Tejle contará sua experiência na luta pela igualdade de gênero no audiovisual

Sueca ministrará a palestra na quinta-feira (6), às 19h, na Unimonte. A realização é do Coletivo Vermelha e Mulheres do Audiovisual Brasil, em parceria com Instituto Querô

30 MAR 2017 • POR • 20h37
Ellen Tejle contará sua experiência na luta pela igualdade de gênero no audiovisual - Divulgação

O Coletivo Vermelha e o Instituto Querô, em parceria com as Mulheres do Audiovisual Brasil realizarão, nesta quinta-feira (6), em Santos, uma palestra com a sueca Ellen Tejle sobre igualdade de gênero no audiovisual, racismo e sexismo. O bate-papo aberto ao público acontecerá na Universidade Monte Serrat -Unimonte, das 19 às 21 horas. A entrada é gratuita.

Ellen estará, nesta quinta-feira (30), no Seminário Internacional sobre a Representatividade da Mulher no Audiovisual, no Rio de Janeiro. É a segunda vez que Ellen vem ao Brasil para compartilhar sua experiência na luta pela igualdade de gênero no audiovisual e como a Suécia diminuiu a desigualdade, conseguindo com que 50% dos filmes financiados pelo Swedish Film Institute fossem dirigidos por mulheres.

Ellen Tejle é programadora e diretora da sala Bio Rio, em Estocolmo. É também promotora do selo Bechdel, que mede a presença feminina nos filmes, além de criadora da campanha A-rating, que classifica filmes de acordo com a representatividade feminina de seu conteúdo.

A palestra será feita em inglês com tradução consecutiva para o português. O evento também tem apoio da Unimonte e Prefeitura de Santos.

Os números da desigualdade

Em 2015, somente 38% dos filmes suecos foram dirigidos por mulheres. No Brasil, segundo dados da Ancine, somente 19% das obras registradas em 2015 foram dirigidas por mulheres.

Tratando-se de igualdade racial, o estudo da University of Southern Califórnia, analisou os filmes mais populares de Holywood entre 2007 e 2014 e menos de 15 (0,004% especificamente) foram dirigidos por diretores negros. No Brasil, segundo estudos do GEMAA (Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa da UERJ), somente 3% dos diretores dos filmes de maior bilheteria da última década são negros, sendo que não há mulheres negras nesses 3%.

O que isso representa? Qual o impacto disso na representação das mulheres no audiovisual? Como a Suécia diminuiu essa desigualdade, conseguindo que 50% dos filmes financiados pelo Swedish Film Institute sejam dirigidos por mulheres? O que mais há para conquistar? Tudo isso será debatido no bate-papo com Ellen Tejle.

Bate-papo com sueca Ellen Tejle na Unimonte

Quando: 6 de abril
Horário: 19 às 21h
Local: Auditório da Unimonte (Rua Comendador Martins, 52 - Vila Matias - Santos/SP)
Entrada: gratuita