Vereadora de Guarujá pede vista para analisar pedido de cassação

Pedido contra o presidente da Câmara foi protocolado pelo munícipe Roberto dos Santos Nunes, que alega suposta prática de nepotismo

29 MAR 2017 • POR • 09h30
Vereador Juninho Eroso leu o documento na sessão de ontem; Dias explicou que denúncia não tem amparo legal - Arquivo/Divulgação/Câmara de Guarujá

A vereadora de Guarjá Andressa Salles (PSB) pediu vista para analisar o pedido de cassação do presidente da Casa, o vereador Edilson Dias (PT), protocolado na última segunda-feira na Câmara dos Vereadores, pelo munícipe Roberto dos Santos Nunes.

Durante a sessão realizada ontem, o documento foi lido pelo vereador Juninho Eroso (PP). Após a leitura, Edilson pediu a palavra para explicar que a denúncia não tinha corpo legal, pois para ser válida, precisaria ser protocolada pela Mesa Diretora, vereador ou algum partido político e não por um munícipe. 

“Estou totalmente tranquilo em relação aos meus atos e da improcedência dessa denúncia. Não vai ser isso que vai me intimidar ou frear as ações de transparência e moralização que tenho adotado. Sei que há muita gente incomodada com isso, mas não vai ser dessa maneira que vão barrar o meu trabalho”, declarou Edilson. 

O pedido apresentado pelo munícipe faz ligação entre a contratação do diretor jurídico da Casa Paulo Cesar Clemente, feita por Edilson, e outro vereador, Zé Teles Junior (PPS), que teria contratado o filho do referido diretor para sua assessoria.

Antes da sessão, Edilson afirmou não ter grau de parentesco com nenhum dos dois profissionais nomeados. “Infelizmente, é lamentável que as pessoas criem factóides para confundirem a população”, declarou.

Câmara

Em nota, a assessoria de imprensa da Câmara informou que não há processo. “Trata-se de denúncia de munícipe, protocolada nesta segunda-feira (27), que foi lida em plenário e, de imediato, esclarecida pelo próprio presidente, assim como pela assessoria jurídica da Câmara”, informou. 

A nota informa ainda que, após a leitura da denúncia, foi evidenciada a inconsistência técnica das argumentações apresentadas. 

Em outro trecho, destaca que “qualquer vereador, se assim quisesse, poderia propor a abertura de investigação (através do partido ou por conta própria, conforme prevê legislação) e, até mesmo, iniciá-la, desde já, a partir da assinatura de seis pares. Mas não houve qualquer manifestação nesse sentido”, diz. 

Ainda assim, foi feito um pedido de vista (adiamento da análise do tema), por parte da líder do governo, Andressa Sales (PSB), o que impediu a votação da matéria que, em tese, será feita na próxima semana.