Centrais marcam uma nova paralisação para 28 de abril
Manifestações e greves devem ocorrer em todo País contra reformas trabalhista e previdenciária
29 MAR 2017 • POR • 10h00As centrais sindicais pretendem fazer uma paralisação geral no dia 28 de abril em protesto contra a reforma da Previdência, mudanças na legislação trabalhista e o projeto de terceirização aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada.
A decisão foi anunciada após reunião entre a UGT, a CTB, a CSB, a Nova Central, a Força Sindical, a CUT, a Intersindical, a CSP-Conlutas e a CGTB.
“Trata-se do desmonte da Previdência pública e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT. Por isso, conclamamos todos, neste dia, a demonstrarem o seu descontentamento”, dizem as centrais, em nota conjunta.
Os sindicalistas foram unânimes em afirmar que as reformas são prejudiciais aos trabalhadores e retiram direitos históricos obtidos com muita luta no passado.
Será um protesto contra a lei da terceirização aprovada pela Câmara Federal, na semana passada, e que está para ser sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB) nesta semana.
Os sindicalistas esperam que o anúncio da greve faça o presidente desistir da ideia. A greve será também contra a reforma da previdência social, que o Presidente da República pretende aprovar no Congresso Nacional e sancionar até junho. E contra a reforma trabalhista, que revoga direitos históricos da consolidação das leis do trabalho.
O conselho nacional da Força Sindical havia indicado, na sexta-feira passada (24), o 28 de abril como ‘Dia Nacional de Atos e Paralisações’ para pressionar o governo e o congresso nacional a atenderem às reivindicações dos trabalhadores.
Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo, Valdir de Souza Pestana, que participou da reunião do conselho da Força Sindical, o protesto terá abrangência nacional.
Também presidente do sindicato dos rodoviários de Santos, ele explica que a central defende a terceirização proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que deverá ser apreciada pelo Senado nos próximos dias.
A nota da decisão é assinada por Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical, Vagner Freitas, da CUT, Adilson Araújo, CTB, Antônio Neto, CSB e José Calixto Ramos, Nova Central. Mais: Ricardo Patah, da UGT, Edson Carneiro, secretário-geral da Intersindical, Luiz Carlos Prates, Secretário Nacional da CSP Conlutas e Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da CGTB.