Prefeito de Santos apresenta proposta, mas sindicato deve recusar

Paulo Alexandre Barbosa se reuniu com representantes do Sindserv, secretários e vereadores

20 MAR 2017 • POR • 22h40
Reunião contou com a presença do prefeito, secretários municipais, vereadores e representantes do Sindserv. Encontro realizado na prefeitura terminou por volta das 22h - Matheus Tagé/DL

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) se reuniu, na noite de hoje (20), com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv) para apresentar uma nova proposta de reajuste para a categoria. No entanto, o sindicato dá sinais de que irá recusar a proposta.

A reunião com os sindicalistas durou pouco mais de uma hora e contou também com a presença de secretários municipais e de vereadores, que intermediaram o contato entre o Executivo e os grevistas.

A Prefeitura propôs abono para os servidores estatutários, correspondente a 5,35% sobre o vencimento do cargo, no período de outubro a novembro; reajuste de 5,35% nos vencimentos dos servidores, no mês de dezembro; e manutenção da proposta de reajuste de 5,35% sobre o valor do auxílio alimentação, passando para o valor mensal de R$ 422,40 e do valor da cesta básica, passando seu valor mensal para R$ 263,40, a partir de fevereiro deste ano.

O prefeito disse que foi feito um esforço adicional por parte do Poder Executivo, considerando a melhora na economia para o segundo semestre e o projeto de refinanciamento das dívidas, onde a Prefeitura tem R$ 3 bilhões a receber.

Segundo o Executivo,  a proposta gera um impacto de quase R$ 20 milhões na folha de pagamento da Prefeitura.
“Importante frisar que todos os cargos comissionados estão excluídos. Terão reajuste 0%. Importante dizer que nenhum secretário, nem mesmo prefeito teve reajuste e continuará não tendo. É zero por cento. Esse esforço se dedica exclusivamente aos servidores da prefeitura”, disse Barbosa, que pediu compreensão do ­sindicato.
No entanto, o Sindserv dá sinais de que não aceitará o que foi proposto. O presidente do sindicato, Flávio Saraiva, classificou a proposta do Executivo como ­indecente.

“Uma proposta que é o segundo tapa na cara. O primeiro foi o reajuste da cesta básica e do auxílio alimentação na inflação, que não serve para absolutamente nada. Agora, nós recebemos uma proposta de abono para os dois últimos meses do ano de 5,35%, sendo que no final do ano nós teremos, provavelmente, uma perda acumulada de mais de 10%”, comentou Saraiva.

O presidente do Sindserv destacou que a greve continua até quinta-feira, quando a proposta será levada em assembleia para aprovação ou rejeição. A reunião será realizada no Associação Atlética dos Portuários de Santos, às 19 horas.