Sinfônica de Cubatão estreia temporada 2017 com 'Série Concertante'

Apresentação será no próximo sábado, 18, no Bloco Cultural

15 MAR 2017 • POR • 13h30
Sinfônica de Cubatão estreia o novo repertório oficialmente neste sábado (18) - Divulgação/PMC

A Banda Sinfônica de Cubatão estreia o novo repertório oficialmente neste sábado (18), às 20h, em apresentação no Bloco Cultural (Praça dos Emancipadores, s/nº). A estreia da nova temporada traz um solista convidado, o claronista Mario Marques, da Orquestra Sinfônica de Campinas. A entrada é gratuita.

Este concerto destaca-se pela música de compositores contemporâneos, ainda atuantes, a enérgica “Ride”, do norteamericano Samuel Hazo. É uma obra vibrante e desde a primeira nota, o ritmo implacável e métrica revigorante exigem a atenção completa do público. Com uma grande bateria de percussão, a sensação de movimento contínuo parece ser alcançada. No entanto, revelando a habilidade do compositor, os temas da música têm uma certa melodia e qualidade fluida que acrescentam profundidade ao trabalho. “Um repertório para instrumentistas de experiência”, disse Razo certa vez.

Em “Spotlights”, composta pelo belga Jan Hadermann, o clarone de Mario Marques será o destaque. Marques foi convidado pela Banda Sinfônica a abrir oficialmente a temporada deste ano como solista nesta obra composta em 1992. É bastante executada por bandas sinfônicas ao redor do mundo e estará a cargo de instrumentista de grande experiência, Mario Marques que hoje atua na Orquestra Sinfônica de Campinas.

Para encerrar a noite musical tem “Mare Tenebrosum”. Do jovem compositor espanhol Jose Ignacio Blesa Lull, a canção possui o compromisso de descrever o caráter apocalíptico do mar em suas ondas incessantes e monstros que ladeiam o imaginário popular dos espanhóis. Fazendo referência ao nome latino das águas que se estendem até o Cabo Finistérria – destino final dos peregrinos que seguem pelo Caminho de Santiago de Compostela – Blessa Lull mostra, por meio da música, como seria se aprofundar nessas águas recheadas de mistérios. A composição é distribuída em quatro partes, sendo que a equipe apresenta a última delas.

Rodrigo Vitta, regente da Sinfônica, destaca o caráter diferenciado dessa Série, que é apresentar ao público repertório criado especialmente para formação sinfônica. “A principal característica da Série Concertante é interpretar obras originais para banda sinfônica, sejam composições inéditas ou transcrições de obras clássicas. E também permite convidar solistas e regentes, para que o público tenha a oportunidade de conhecer o talento desses artistas”, comentou.

Frente à equipe desde o ano passado, Vitta se alegra em dirigir a Sinfônica no ano em que são comemorados os 40 anos de oficialização do grupo como “banda musical” e depois, finalmente como sinfônica. “A oficialização da Banda na época foi um marco. Permitiu que a equipe desenvolvesse um trabalho musical de qualidade que virou referência para todo o país, modificando pra sempre a história cultural de Cubatão e abrindo um longo caminho de pioneirismo e sucesso”, disse o maestro. Vale lembrar que na época, a Banda estava sob o comando de seu criador, o maestro Roberto Farias, atualmente coordenador geral dos Grupos Artísticos de Cubatão.

Na sua gestão, Rodrigo Vitta já implementou alguns projetos diferenciados para o grupo como a “Série Brasilidade”, que contemplou a execução de obras de compositores brasileiros de grande influência; “Era uma vez a Música”, em forma de concerto didático para crianças e adolescentes; além do “Legião Sinfônico”, que encerrou o ano artístico de 2016.