Prefeitura de Santos deixa vencer validade de 150 caixas de água

Segundo denúncia de Moysés Fernandes, os 7,5 mil copos estão armazenados em posto da Guarda

9 MAR 2017 • POR • 08h00
Lotes com centenas de copos de água foram fotografados junto com nota fiscal que identificou a compra por parte da Prefeitura - Divulgação

A Prefeitura de Santos deixou 150 caixas de copos de água potável vencerem em 1º de março de 2016, que custaram quase R$ 13 mil aos cofres públicos. A denúncia foi postada, com imagens e cópia da nota fiscal, pelo jornalista e consultor empresarial Moysés Fernandes, fundador do Observatório Santista – criado para fiscalizar os poderes Legislativo e Executivo

Segundo postado por Fernandes, os quase 7,5 mil copos de água potável terão que ser jogados no lixo, quando poderiam ser doados para entidades assistências do município. Eles estavam armazenados em um posto da Guarda Municipal, da Praça dos Andradas, no Centro da cidade.        

O empresário recebeu a denúncia de um funcionário público, que pediu sigilo de ­identidade, inconformado com os desperdício. A água teria sido comprada para abastecer um evento da Prefeitura de Santos.  

“Em um momento onde os governos federal e estadual pedem ­economia de água para toda a população, a Prefeitura, por ineficiência, joga no lixo a mesma água e segue na contramão desperdiçando mais de 2,16 milhões de mililitros de água. Para o funcionário que fez a denúncia e prefere não se identificar com medo de represálias, tem outras caixas sendo escondidas pela Administração”, escreveu o empresário nas redes sociais.

Prefeitura

Procurada, a Secretaria de Segurança de Santos informa que a água foi adquirida para servir aos profissionais que atuam na praia durante o ano sob intenso calor, com o objetivo de proporcionar hidratação adequada.

Além disso, a água foi fornecida aos efetivos da Guarda Municipal e Polícia Militar durante a Operação Verão de 2016/2017. A previsão exata de ­consumo é sempre incerta. Foram adquiridas 750 caixas do produto, ­sendo consumidas cerca de 600.

A chefia da Guarda Municipal recolheu as 150 restantes e já está estudando forma de ­utilização do produto para outras finalidades.