Ceni não atribui vitória à arbitragem e vê evolução defensiva

O técnico ainda ressaltou que Luiz Araújo não teve intenção de empurrar a bola com a mão no terceiro tento do Tricolor

6 MAR 2017 • POR • 19h30
Rogério Ceni não viu toque de mão proposital de Luiz Araújo no terceiro gol tricolor - Fernando Dantas/Gazeta Press

Após ver sua equipe golear o Santo André por 4 a 1, no Morumbi, Rogério Ceni não atribuiu a vitória aos erros da arbitragem encabeçada por Luiz Flávio de Oliveira, que deixou de marcar impedimento de Cícero no primeiro gol da partida deste domingo. O técnico ainda ressaltou que Luiz Araújo não teve intenção de empurrar a bola com a mão no terceiro tento do Tricolor, e ainda reclamou de dois supostos pênaltis não dados ao time da casa.

“Vi o Cícero impedido, um pouco à frente. No lance do Araújo, antes foram dois pênaltis sobre o Nem e o árbitro ignorou. A mão não teve nenhuma intenção, bateu nas costas ainda do Araújo. O do Cícero, sim, foi irregular, mas não foi essa a razão da vitória”, analisou o treinador.

Embora tenha lamentado o fato de o São Paulo ter sido vazado, Ceni enxergou uma evolução no questionado sistema defensivo de sua equipe, que é a terceira mais vazada do Estadual, com 14 gols.

“Infelizmente concedemos mais um gol, não mantivemos o zero no placar. Melhorou porque foi um só, mas poderíamos ter evitado os minutos de apreensão pelo 2 a 1. Rendemos melhor no segundo tempo, com mais finalizações. Foi um bom jogo, mudamos a maneira de jogar no segundo tempo com a saída do Cueva. Foi como jogamos contra o River na Flórida, uma melhor forma para contra-atacar”, acrescentou.

Diante do Santo André, o São Paulo preferiu esperar o adversário em seu campo de defesa a marcar sob pressão. Segundo Ceni, a mudança de postura tornou a equipe mais segura atrás.

“Fizemos pela primeira vez um gol cedo no campeonato, o que nos deu tranquilidade e permitiu marcar mais baixo, sem se expor diante de um time que tocava melhor a bola. Anteontem fizemos um trabalho específico para defender com sete contra oito. Foram dez minutos de trabalho e não saiu um chute a gol. Hoje o gol saiu de bola parada, com o lateral com mais impulso do que o Buffarini para subir e depois ela cruzando toda a pequena área. Mas foi bom não tomar gol com bola rolando ou logo após marcar”, revelou.

“Agora, me incomoda para quarta-feira, porque tomar gol em casa pode fazer diferença na Copa do Brasil”, disse, referindo-se ao duelo contra o ABC, de Natal, no Morumbi, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, competição que tem o gol qualificado como critério de desempate.

Líder do Grupo B do Campeonato Paulista, o São Paulo acumula 14 pontos ganhos e volta a jogar pelo torneio somente no próximo sábado, quando enfrenta o Palmeiras, no Palestra Itália, às 16 horas (de Brasília). O Tricolor se reapresenta na tarde desta segunda-feira, no CCT da Barra Funda.