Conferentes vão decidir hoje sobre greve no Grupo Rodrimar

Os trabalhadores prometem lotar a assembleia extraordinária que será realizada às 9h deste sábado, na sede do sindicato

17 FEV 2017 • POR • 21h44
Sindicalista Marco Sanches convoca categoria para decidir hoje sobre a paralisação no Grupo Rodrimar - Matheus Tagé/DL

Os 280 conferentes de carga, descarga e capatazia que atuam sob o regime de trabalho avulso administrado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra de Santos (Ogmo/Santos) podem cruzar os braços a partir da próxima terça-feira (21) e paralisar as atividades nos terminais portuários do Grupo Rodrimar.

Com data-base fixada em 1º de março e caminhando para o segundo ano consecutivo sem aumento salarial concedido pela empresa, os trabalhadores prometem lotar a assembleia extraordinária que será realizada às 9h deste sábado, na sede do sindicato.

Entre as principais reivindicações dos profissionais da conferência estão a aplicação do índice do INPC–IBGE apurado no período de 1º de março de 2016 a 28 de fevereiro de 2017 sobre os salários e taxas de produção, aumento real de 9%, e vale-refeição de R$ 33,00 por jornada de 6 horas.

Além disso, o acréscimo de 18,18% no valor apurado sobre o descanso semanal remunerado (DSR) no trabalho avulso, a manutenção da data-base e das demais cláusulas econômicas, bem como das operacionais que tratam da manutenção das equipes, habilitação e escalação dos portuários.  

Por sua vez, a empresa oferece reajuste salarial de 5% não retroativo e quer adotar o sistema de reaproveitamento de pessoal durante a jornada laboral.

“A reutilização do profissional avulso no turno de trabalho é algo inadmissível, sobremaneira porque tal prática é direcionada habitualmente pelos terminais portuários aos seus empregados, o que não é o caso em discussão”, afirmou o presidente do Sindicato dos Conferentes, Marco Antônio Sanches.