Sem reajuste, servidores de Santos podem entrar em greve

Categoria fez manifestações seguida de ato público na tarde de ontem em frente ao Paço Municipal

18 FEV 2017 • POR • 11h00
Para descontrair os servidores nos intervalos da manifestação, Sindest levou para a praça grupo de animação para participar do ato - Matheus Tagé/DL

Os servidores estatutários de Santos, que ainda lutam por reajuste salarial neste mês, podem entrar em greve. A definição será tomada na próxima segunda-feira, durante assembleia convocada pelo Sindicato dos Servidores Estatutário (Sindest).

O sindicato fez na tarde de ontem um ato público na Praça Mauá, no Centro de Santos, precedido de manifestações e discursos inflamados contra o prefeito Paulo Alexandre Barbosa e a Administração Municipal.

Segundo o presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, a diretoria do Sindest decidiu fazer, durante a manifestação,  uma apresentação artística e circense, bem humorada, criticando a postura do prefeito  em relação à campanha salarial deste ano.

Na segunda-feira, às 18h30, haverá assembleia para definir as próximas atividades do movimento. O sindicalista adianta que a diretoria fará proposta de greve, para a primeira ou segunda semana de março, além de nova manifestação na praça.

Fábio reclama que a prefeitura está intransigente e que isso prejudica, além da categoria, o comércio e a população. O presidente do Sindest foi enfático: “ o povo precisa saber que, se isso acontecer, a culpa não será nossa, mas sim da falta de respeito da prefeitura com o servidor”.

“Até agora”, reclama o sindicalista, “o prefeito sequer aceitou negociar, apesar da data-base de 1º de fevereiro já ter passado. Os salários do mês, portanto, não terão aumento. Nem sequer a correção inflacionária ele propõe”.

Fábio garante que a prefeitura “tem recursos para repor as perdas inflacionárias da categoria e conceder um aumento real. O orçamento municipal para 2017 é de R$ 2 bilhões e 800 milhões. Só não o faz porque não quer”.