Com o tempo, Jô espera se sentir menos isolado no ataque corintiano

Na noite de quarta-feira, Jô passou em branco em mais uma vitória do Corinthians por 1 a 0, sobre o Novorizontino, batido com um gol de cabeça do zagueiro Pablo em Itaquera

16 FEV 2017 • POR • 19h30
Jô tem se esforçado para agradar, mas só marcou um gol (e de pênalti) em 2017 - Sergio Barzaghi/Gazeta Press

O centroavante Jô está começando a se sentir mais à vontade no ataque do Corinthians. Apesar de o time ainda ser pouco produtivo ofensivamente, o experiente prata da casa acredita que os demais homens de frente da equipe de Fábio Carille já compreendem melhor o seu estilo de jogo.

“Estão entendendo a minha forma de jogar”, comentou Jô, bastante isolado nos primeiros compromissos de 2017. “Gosto de ter jogadores mais próximos de mim, para tabelar, fazer o pivô. É preciso ter tempo para adquirir entrosamento, com eles entendendo os meus movimentos e a gente jogando mais naturalmente”, acrescentou.

Na noite de quarta-feira, Jô passou em branco em mais uma vitória do Corinthians por 1 a 0, sobre o Novorizontino, batido com um gol de cabeça do zagueiro Pablo em Itaquera. O placar magro já havia sido registrado diante de Ferroviária, São Bento e Caldense.

O técnico Fábio Carille tem se preocupado em fazer Jô receber mais oportunidades de gol – desde o seu retorno ao Corinthians, o centroavante só marcou uma vez, de pênalti, contra o São Bento. Pediu até para o meia Rodriguinho se aproximar um pouco mais do companheiro.

“Está faltando esse entrosamento, saber como o Jô gosta de jogar. Com isso melhorando, quem estiver na referência do ataque fará mais gols”, concordou Carille, que releva também as dificuldades físicas do seu centroavante. “Ele pediu para sair (contra o Novorizontino). Estava no futebol chinês no primeiro semestre”, lembrou.

Muitos torcedores presentes em Itaquera comemoraram a saída de Jô em troca por Kazim. O inglês naturalizado turco já conquistou alguns fãs entre os torcedores do Corinthians – por enquanto, mais por seu carisma do que pelo futebol apresentado.

“Os pedidos pelo Kazim fazem parte. Sempre se espera gols do número 9 de uma equipe, e o atacante principal é o Jô”, minimizou Carille. “É difícil explicar a impaciência da torcida. Talvez seja reflexo do ano passado. O público está mais existente, até porque o futebol mudou bastante também. O que temos que fazer é nos dedicar e melhorar”, aceitou Jô.