Servidores de Santos pedem reajuste em ato público no Centro

Manifestação cobrou uma resposta do executivo à pauta salarial da categoria, cuja data-base é 1º de fevereiro

8 FEV 2017 • POR • 21h19
Sindicalista Fábio Pimentel , presidente do Sindest, fazendo discurso na manifestação de ontem no Centro - Rodrigo Montaldi/DL

Com ameaça de greve em março, o sindicato dos servidores municipais estatutários de Santos (Sindest) promoveu ontem, um ato público na Praça Mauá, em frente ao Paço Municipal.

A mobilização, com discursos de sindicalistas e pessoal de base, às 17 horas, cobrou uma resposta do executivo à pauta salarial da categoria, cuja data-base é 1º de fevereiro.

A revolta dos servidores contra o prefeito Paulo Alexandre Barbosa ficou evidenciada a cada discurso de sindicalistas. Segundo o presidente do Sindest, Fábio Pimentel, o prefeito não está respeitando os servidores.

“Ao não dar uma satisfação do reajuste aos servidores, o prefeito age como se estivesse desrespeitando o funcionalismo porque tempo para uma posição sobre nossas reivindicações ele teve de sobra, pois nossa pauta foi entregue  em dezembro”, diz o ­sindicalista.

Como não houve ontem nenhum  resposta por parte da Administração Municipal sobre o reajuste da categoria, os servidores decidiram manter a mobilização e hoje, à noite, terão mais uma assembleia, que será no  Sintrasaúde, na Avenida Ana Costa, 70.

Fábio Pimentel lembra que, no primeiro ano do primeiro mandato do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, a categoria se rebelou contra um reajuste salarial de 1,5% proposto pelo executivo.

As mobilizações começarem em fevereiro de 2013 e culminaram com uma greve de 24 horas, em 26 de março: “Agora, no primeiro ano do segundo mandato, a história parece que se repetirá”, diz Fábio.

“Desta vez, Paulo Alexandre vira as costas para o servidor e fica mudo”, lamenta o presidente do Sindest.

Ao longo do mês, caso Paulo Alexandre não apresente contraproposta satisfatória, o Sindest continuará promovendo manifestações, atos públicos e assembleias. “Falta bom-senso ao prefeito”, diz Pimentel.

Secretário de Gestão diz que haverá reunião sobre o assunto

Em meio ao barulho proveniente do carro de som e oriundo dos discursos de sindicalistas, que eram ouvidos em todos andares do Paço Municipal, o secretário de Gestão Carlos Teixeira, Cacá, recebeu a reportagem do Diário do Litoral, em seu gabinete no 4º andar do prédio.

“Temos que ver a realidade financeira do município e da Administração”, disse Cacá. “Compreendemos que essas manifestações fazem parte do processo democrático”, prosseguiu.

Ele disse que foi elaborada uma planilha, onde consta a situação financeira do município. “Teremos uma reunião amanhã (hoje) para analisar essa planilha e depois vamos ver o que podemos fazer”, concluiu o Secretário de Gestão que não forneceu detalhes. Diz que o reajuste atinge 12.500 servidores de Santos.