Pato recusou ida à China há um ano e fez Corinthians perder R$ 43 milhões

Quando recusou a proposta do Tianjin Quanjian, o mesmo clube que fez proposta por ele agora, Pato levou os dirigentes do Corinthians à loucura

30 JAN 2017 • POR • 17h00
Se tivesse aceitado jogar no futebol do país asiático naquela ocasião, o atacante teria livrado o Corinthians de um prejuízo de R$ 42,9 milhões - Divulgação

Alexandre Pato disse não à China em janeiro do ano passado. Se tivesse aceitado jogar no futebol do país asiático naquela ocasião, o atacante teria livrado o Corinthians de um prejuízo de R$ 42,9 milhões.

Quando recusou a proposta do Tianjin Quanjian, o mesmo clube que fez proposta por ele agora, Pato levou os dirigentes do Corinthians à loucura. Na ocasião, o clube paulista via no interesse chinês uma chance de amenizar os prejuízos que teve com a contratação do atleta.

O Corinthians, então, emprestou o atacante para o Chelsea. Seis meses depois, aceitou vendê-lo para o Villarreal-ESP. Dono de 60% dos direitos econômicos, o clube paulista recebeu R$ 10,8 milhões.

Ao receber a quantia, o Corinthians conseguiu abater muito pouco do que já havia desembolsado entre 2013 e 2016, incluindo o valor da contratação corrigido pela inflação, os salários pagos. No total, o clube teve um prejuízo de R$ 61,9 milhões.

Quando contratou Pato, o Corinthians pagou 15 milhões de euros (R$ 40,5 milhões na cotação da época) - o valor corrigido pela inflação (índice IPC-A), até julho de 2016, é de R$ 52,7 milhões.

A diretoria alvinegra ainda gastou R$ 26,5 milhões em salário, contando R$ 800 mil mensais quando ele defendia o Corinthians e R$ 400 mil na época em que o jogador atuava pelo São Paulo (todos os valores foram corrigidos pela inflação). O Chelsea, no primeiro semestre de 2016, foi o responsável pelo seus vencimentos.

Ao vender o meia Jadson para o mesmo Tianjin Quanjia, o Corinthians "salvou" R$ 6,3 milhões (R$ 6,5 milhões, com correção). Em janeiro, o clube chinês pagou a multa rescisória de 5 milhões de euros (R$ 21 milhões). O clube paulista era dono de 30% dos direitos econômicos do jogador.

Mas e se Pato tivesse ido à China há um ano?

Em janeiro passado, o Tianjin Quanjia aceitou pagar 20 milhões de euros (R$ 88,1 milhões na cotação da época) por Pato. Dono de 60% dos direitos, o Corinthians ficaria com R$ 52,8 milhões.

O dinheiro serviria para abater o prejuízo acumulado até então: R$ 51,6 milhões da compra (R$ 40,5 milhões de 2013 corrigidos pela inflação) e R$ 26,5 milhões em salários. Com os ganhos com a venda de Jadson (R$ 6,3 milhões), o rombo corintiano chegaria a R$ 19 milhões em vez de R$ 61,9 milhões - diferença de R$ 42,9 milhões.