Rastro de esperança da tocha olímpica inspira judoca vicentino

O pequeno Pedro Neto, após acompanhar passagem do símbolo olímpico, acumulou títulos importantes na sua categoria e virou esperança da região

15 JAN 2017 • POR • 09h00
No fim de 2016, Pedrinho, como é chamado pelos familiares e amigos, conquistou dois importantes títulos na classe sub-15, categoria -36Kg - Matheus Tagé/DL

Em julho do ano passado, quando a tocha olímpica passou pela Baixada Santista, o Diário do Litoral trouxe a história do pequeno Pedro Neto, judoca de São Vicente. O olhar esperançoso daquele menino, de apenas 13 anos, foi a representação fiel de quem, um dia, espera trilhar um caminho de sucesso no esporte. Se levado em conta o retrospecto de conquistas após a festa com o maior símbolo da Olimpíada, ele tem tudo para mostrar que o sonho é possível.

No fim de 2016, Pedrinho, como é chamado pelos familiares e amigos, conquistou dois importantes títulos na classe sub-15, categoria -36Kg. Em setembro, faturou o bicampeonato brasileiro, na cidade de Salvador, na Bahia. Já em novembro, garantiu a medalha de ouro no Campeonato Pan-Americano, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana.

“Tenho o sonho de participar da Olimpíada, levar o nome da minha cidade. Venci atletas do Equador, Chile, Colômbia e pude realizar um sonho”, afirmou Pedrinho, que coleciona 45 medalhas na curta carreira, entre elas, a do Campeonato Sul-Americano, em 2015.

Mas a luta pelo sonho não fica restrita apenas aos tatames. Junto com seu pai, José de Oliveira Figueiredo Neto, e sua mãe, Rosângela Maria da Silva, ele tem que se virar para conseguir financiar suas viagens às competições. Sem apoio da Prefeitura e patrocínio, eles realizam rifas, promoção de eventos e pedem auxílio de simpatizantes nos semáforos pela cidade.

“Não adianta encher o saco da Prefeitura. Eles não ajudam de forma alguma. Precisamos, urgentemente, do apoio do poder público. Espero que o novo prefeito (Pedro Gouvea) possa ajudar, porque, se eu não colocar meu filho no pedágio, correndo o risco de ser atropelado, eu ponho fim ao sonho de uma criança talentosa”, completou Rosângela.

O primeiro torneio a ser disputado pelo jovem judoca nesta temporada será realizado em Março, na cidade de Mogi Mirim, pela Copa Budokan, onde são reunidos atletas de todo o Estado. Em setembro, ele tentará o bicampeonato brasileiro, em Salvador.