Debate em Santos tem menos ataques e mais propostas para a cidade

Críticas à gestão Paulo Alexandre Barbosa prosseguem, mas ataques diretos ao prefeito diminuem

Ataques em menor escala e mais espaço para projetos. Desta forma foi conduzido o debate para prefeito de Santos, realizado ontem pela TV Tribuna. O evento contou com a presença de cinco prefeituráveis do município: Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), Carina Vitral (PCdoB), Paulo Schiff (PDT), Marcelo Del Bosco (PPS) e Edgar Boturão (PROS).

Assim como em outras oportunidades, as críticas à gestão atual existiram, mas os ataques diretos a Paulo Alexandre Barbosa foram menores, quase sempre realizados por Carina Vitral. A comunista focou, principalmente, nas obras não entregues pelo chefe do Executivo, como a questão do Porto-Valongo.

Entre as propostas, Carina reiterou o projeto de construir 5 mil moradias nas áreas dos bairros Paquetá, Vila Nova e Vila Mathias, a criação do bilhete único metropolitano para estimular o transporte público.

Na saúde, a principal proposta foi o lançamento do programa Mais Especialidades, uma rede onde a população poderá fazer exames, consultas e procedimentos no mesmo local. Além disso, na educação, a prefeiturável propôs a criação da Nova Escola Santista, a criação de unidades em tempo integral e valorizando o servidor.

Paulo Alexandre Barbosa manteve o discurso adotado nas campanhas eleitorais, ressaltando os projetos desenvolvidos durante sua gestão, Por mais de uma vez, o chefe do Executivo citou a transparência do município, que recebeu nota máxima na avaliação do Ministério Público ­Federal.

Na educação, Barbosa destacou o investimento na escola integral e falou sobre o plano de ter ao final do mandato, caso seja eleito, 70% dos alunos matriculados nesta modalidade.

Assim como em outras oportunidades, o tucano voltou a dizer  que a Administração já iniciou as obras na entrada de Santos e criticou a falta de apoio do Governo Federal, tanto para as obras da entrada da cidade quanto para a questão do Hospital dos Estivadores.

Marcelo del Bosco realizou diversas críticas a gestão tucana. O candidato lembrou a redução do orçamento para a pasta de turismo, o fechamento da incubadora de empresas por dois anos, além de dizer que o prefeito não investiu no Parque Tecnológico, como havia prometido.

No emprego, Del Bosco apresentou a proposta da criação da secretaria do Emprego, além de parcerias com movimentos sindicais e associações para a geração de empregos. Além disso, o membro do PPS destacou a necessidade de se ter eficiência na gestão e prometeu concluir todas as obras iniciadas pela atual gestão.

Já na área da saúde, o prefeiturável levantou dúvidas sobre a capacidade da organização social que irá gerir o Hospital dos Estivadores. Atualmente como vereador, Del Bosco também falou da polêmica envolvendo taxistas e motoristas do Uber. Ele se colocou contrário ao transporte clandestino, além de pedir a regulamentação do aplicativo, de uma maneira com que haja uma contrapartida para a prefeitura e melhores condições de trabalho para quem trabalha com o Uber.

Adotando o discurso de “desperdício zero”, Paulo Schiff falou que é possível priorizar o Santos Novos Tempos para solucionar o problema das enchentes na Zona Noroeste. O candidato também defendeu o fortalecimento da Guarda Municipal, para que ela atue como força auxiliar da Polícia Militar e Polícia Civil.

Schiff também criticou a demora para a marcação de exames médicos e defendeu um maior investimento no Programa Saúde da ­Família.

O candidato também alfinetou a atual gestão ao abordar a segurança. De acordo com Schiff, o prefeito foi omisso em relação a postura do governo estadual na questão da criminalidade, tanto na cidade quanto nas estradas.

Por fim, Edgar Boturão manteve o discurso de não se comprometer com promessas de grandes projetos e criticou os candidatos que atacaram a atual gestão, apesar de dizer que possui divergências com a gestão Paulo Alexandre ­Barbosa.

Novamente, o candidato defendeu a valorização do servidor público. Na área da educação, ressaltou a necessidade de capacitar professores e diretores, além da manutenção periódica de escolas.

Alternativa

Sem ter sido chamada, Débora Camilo realizou um “debate” em frente à sede da emissora. A candidata do PSOL Débora realizou uma transmissão via redes sociais e respondeu perguntas de temas como de mobilidade, educação, cultura, transparência e  geração de empregos”.