Vereador quer paralisar o VLT em Santos por falta de segurança

Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB) ingressou com representação no Ministério Público contra a EMTU, que ainda não foi notificada

23 JUL 2016 • POR • 08h00
O VLT está operando comercialmente desde janeiro último e as pessoas estão transitando pelo trajeto que não possui ainda a segurança necessária contra acidentes - Matheus Tagé/DL

O vereador Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB) entrou com uma representação no Ministério Público (MP) para obrigar a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) a suspender a circulação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Santos até que sejam adotadas, por parte da empresa, medidas de segurança para evitar acidentes envolvendo as pessoas que cruzam os trilhos.

A EMTU ainda não foi notificada. Na representação, o parlamentar aponta vários pontos críticos do trajeto que coloca os pedestres em perigo, como no sopé do Morro do José Menino, nas proximidades do túnel que faz divisa com São Vicente. Ele cita que a falta de fiscalização permite que pessoas se instalem dentro do túnel e lembra do atropelamento recente de um morador de rua.

“É evidente o risco de dano irreparável a qualquer cidadão. É crível que sejam necessárias medidas de contenção de acesso aos locais críticos e maiores divulgações e fiscalizações nos pontos de fácil acesso”, afirma o vereador na representação.

Sem padrão

O VLT opera na região sem padrão de ações a serem tomadas pela Prefeitura e pelo Estado em casos de emergência. O documento sobre regras de segurança ainda está sob análise e deve demorar 90 dias, após avaliação do Departamento Jurídico da EMTU.           

O VLT está operando comercialmente desde 31 de janeiro último. Inicialmente, a viagem pôde ser feita entre as estações Mascarenhas de Moraes, em São Vicente, e a avenida Pinheiro Machado, em Santos.

É composto atualmente por uma única linha, que possui nove estações e 6,8 quilômetros de extensão. O sistema prevê o transporte de uma média de 220 mil passageiros por dia.