Vistoria em viaduto não é realizada em Cubatão

Prefeitura alega que representantes do Estado não compareceram, mas DER e Ecovias garantem que não foram convidados para o encontro

29 JUN 2016 • POR • 10h00
Técnicos das secretarias municipais envolvidas e da CMT estiveram na entrada do Casqueiro na manhã de ontem - Divulgação/PMC

A vistoria nos novos sistemas de acesso e saída do Jardim Casqueiro, em Cubatão, agendada para a manhã de ontem, não foi realizada. Segundo a Prefeitura, o encontro não aconteceu devido à ausência de representantes do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER) e da Ecovias. Já os órgãos garantem que não foram convidados oficialmente para a ação.

Os técnicos das secretarias municipais de Obras e Manutenção e Serviços Urbanos e da Companhia Municipal de Trânsito (CMT) foram ao bairro no horário combinado.

Segundo a Administração, a presença de técnicos do órgão estatal e da empresa havia sido acertada em reunião realizada no último dia 23, no Paço Municipal, à qual compareceram Alexandre Ribeiro, gerente de engenharia da Ecovias; Ailton Brandão, gerente de operações da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) e Paulo Mantoarelli, técnico do DER responsável pelo acompanhamento das obras.

O objetivo da vistoria seria avaliar, no local, as causas dos problemas surgidos nestes dias de funcionamento experimental do sistema, aberto ao tráfego no dia 16 e sem data prevista para inauguração oficial.

Técnicos da administração estadual, da Ecovias e da Prefeitura fariam análises de fluxo de tráfego e simulações de alternativas nos pontos considerados críticos, especialmente as confluências das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Brasil e a pista marginal da Anchieta.

Ali, veículos procedentes de Santos ou em sentido inverso têm de passar por um cruzamento em nível para entrarem ou saírem do Jardim Casqueiro. A presença de carretas trafegando pelo local torna mais lento e mais perigoso o cruzamento.

Conforme explicou Flávio Mattos, diretor superintendente da CMT, as simulações não podem ser realizadas sem os representantes do Governo do Estado porque abrangem, além da área urbana municipal, trechos em faixa de domínio do DER, entre eles o novo viaduto, suas cabeceiras e acessos e a pista marginal da Via Anchieta.

Flávio e o secretário municipal de Obras, Luiz Carlos dos Santos, decidiram, então, realizar uma vistoria parcial, sem simulações. Os dados obtidos servirão de subsídios para a Prefeitura encontrar soluções próprias para os problemas causados ao sistema viário do Jardim Casqueiro pelo novo sistema.

DER

Além do órgão estatal e a Ecovias afirmarem que não foram avisadas oficialmente, o DER acrescentou que “no lado da pista sul da Via Anchieta (SP-150), o projeto original de obras foi mantido e aprovado na Reunião Pública realizada no município de Cubatão, em abril de 2013”.

O departamento ainda afirmou que, na ocasião, foram atendidas reivindicações da comunidade, como a retirada da rampa de acesso ao bairro (rabo do dragão), sendo necessário para isso o cancelamento do acesso direto da Rua Julio Cunha à Rodovia Anchieta (SP-150), devendo os moradores utilizar a marginal para acessar a via, após a Ponte do Rio Casqueiro, no Jardim São Manoel.

Já quanto à iluminação, o DER afirmou que não executa este tipo de serviço. “Nos trechos rodoviários mais urbanizados, quando é de interesse da Prefeitura, o DER autoriza a implantação da rede de energia da companhia de iluminação municipal, após análise da segurança rodoviária”, finaliza. As obras foram iniciadas em julho de 2013 e orçadas em R$ 48,6 milhões.