Previdência pode receber dinheiro de jogos de azar

Legalização pode gerar R$ 20 bilhões e envolverá jogo do bicho, bingos, cassinos e jogos online

19 JUN 2016 • POR • 11h30
Projetos que liberam jogos de azar, devem ser reunidos num só para votação em plenário da Câmara Federal - Divulgação

Com o forte argumento de que a legalização de jogos em cassinos, bingos, apostas do jogo do bicho e de caçaníqueis, podem ajudar a Previdência a sair do vermelho e equilibrar suas receitas, o Governo interino do País, está usando sua base aliada no Congresso Nacional, para agilizar a votação em plenário dos projetos sobre o assunto.

E para isso conta com um forte aliado: os representantes dos trabalhadores. As centrais sindicais apresentaram, como uma das sugestões ao Governo para sanear o déficit previdenciário, que ele use o dinheiro com a possível legalização dos jogos, para as despesas da Previdência Social. A proposta veio ao encontro das pretensões do Governo em aprovar a legalização dos jogos. “O Governo já está debruçado sobre o tema”, disse o ministro Eliseu Padilha aos sindicalistas.

A intenção do Governo Federal é reunir em um só projeto todos os demais que tramitam tanto na Cãmara quanto no Senado, mas esbarra na resistência de alguns partidos políticos e também do Ministério Público Federal.

Este último já emitiu parecer contrarário a legalização. dos jogos de azar e alega que essa liberação causará lavagem de dinheiro bem como doenças por dependência do vício do jogo além de se transformar numa epidemia para a saúde pública e um alto custo para a sociedade e para o País.

Ministro

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse também aos sindicalistas que a medida poderia criar “fonte permanente de arrecadação” para a Previdência Social.

Projeto já está pronto para votação no Senado

A proposta de legalização dos jogos no país está pronta para ser votada no plenário do Senado.

Já na Câmara dos Deputados, o relatório final sobre a legalização deverá sder votado na prpóxim a quarta-feira, numa das comissões e se aprovado ficará pronto para votação também no plenário. A intenção tanto da Câmara quanto do Senado é reunir num só projeto todos os temas sobre o assunto e fazer uma votação única. Mas isso vai depender agora do Governo.