Crise econômica leva a estupro, afirma secretário da Segurança de São Paulo

Para o secretário, "muita gente cai em depressão porque perdeu emprego e começa a beber. E aí termina perdendo a cabeça e praticando esse tipo de delito"

3 JUN 2016 • POR • 16h48
Para Mágino Alves Barbosa Filho os casos de estupro têm relação com a crise econômica no país - Divulgação/SSP

Para o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, os casos de estupro têm relação com a crise econômica no país.

"Infelizmente esse crime [estupro], como outros, é um pouco da consequência dessa crise que estamos vivendo", disse Barbosa, em entrevista publicada nesta sexta (3) no jornal "O Estado de S. Paulo".

"O camarada perdeu o emprego. Ele começa a se desesperar, começa a beber. Um monte de gente, que nunca cometeria qualquer tipo de crime, hoje está praticando o pequeno ilícito e, às vezes, até esses crimes mais graves.

O crime de estupro atualmente é um tipo mais aberto - aquele beijo forçado, uma situação de uma carícia imprópria configura o crime de estupro."

Para o secretário, "muita gente cai em depressão porque perdeu emprego e começa a beber. E aí termina perdendo a cabeça e praticando esse tipo de delito. Não estou falando que é a principal causa, mas uma das causas com certeza é essa aí".

Barbosa assumiu a pasta da Segurança do governo Geraldo Alckmin (PSDB) no mês passado, depois de o secretário anterior, Alexandre de Moraes, ser convidado para o Ministério da Justiça do presidente interino, Michel Temer (PMDB).

A declaração de Barbosa ocorre em meio às investigações do caso de estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro.

Três dos oito suspeitos de terem estuprado a garota já foram presos. Nesta sexta, porém, a Polícia Civil do Rio autorizou a soltura um deles, o jogador de futebol Lucas Perdomo, 20.