Câmara de Guarujá debate fim do monopólio da Translitoral

A concessionária vem operando na Cidade por cerca de três décadas e a proposta pode mudar isso

25 MAI 2016 • POR • 10h00
A discussão da proposta ficou definida para a próxima sessão da Câmara - Arquivo/DL

A Câmara de Guarujá aprovou ontem a pautação de uma proposta de emenda à Lei orgânica do Município, visando o fim da exclusividade do serviço de concessão e permissão do transporte público realizado em Guarujá pela empresa Translitoral. De autoria do vereador Edilson Dias (PT), a proposta deverá ser debatida na próxima ­terça-feira (31).  

Para o parlamentar, a importância do transporte público coletivo para milhares de pessoas que utilizam este meio, que também é uma alternativa para melhorar a questão da poluição ambiental, congestionamentos e acidentes de trânsito, merece uma discussão ampla, que inclui a escolha de empresas que mais se aproximam dos anseios da comunidade.   

Assim sendo, o vereador espera apoio da população para sensibilizar os demais vereadores para que aprovem a emenda.

“Minha expectativa é garantir a concorrência sadia entre as empresas para que o transporte coletivo na cidade melhore, trazendo mais agilidade, mais conforto e uma tarifa mais adequada”, ­conclui.

A Translitoral presta serviço com exclusividade há quase 30 anos em Guarujá, transportando 75 mil passageiros por dia, em 177 ônibus e micro-ônibus, distribuídos em 34 linhas urbanas, com tarifa de R$ 3,20.

Cobradores

Também é de autoria de Dias a indicação pela volta dos cobradores de ônibus. Ele quer que, no próximo edital de licitação do transporte público municipal, que será publicado ainda neste semestre, seja inserida a exigência de utilização destes ­profissionais.

“Eles são fundamentais, pois fazem a cobrança da passagem, auxiliam os motoristas na operação do elevador utilizado pelas pessoas com deficiência, entre outras tarefas que hoje são acumuladas pelo motorista”, argumenta.

Edilson Dias acredita ser “desumano e até perigoso para aqueles que utilizam o sistema de transporte que o motorista tenha que se ‘distrair’ com outro fim que não o de dirigir”, finaliza.

A proposta do vereador petista vem sendo debatida nas demais cidades da Região Metropolitana da Baixada Santista. Cubatão é o único município que preserva os motoristas e mantém a cobrança por outro profissional.