Servidores vão pedir apoio na Câmara de Santos hoje

Eles estão insatisfeitos com a suposta desistência do prefeito de mandar projeto de lei, à Câmara, regulamentando o plano de carreiras

23 MAI 2016 • POR • 10h44

Os funcionários administrativos da Prefeitura de Santos estarão na Câmara Municipal, às 18 horas de hoje, para pedir apoio aos vereadores à regulamentação do seu plano de carreiras e vencimentos.

Na terça-feira (24), a partir das 9 horas, eles participarão de protesto, na Praça Mauá, diante do Paço Municipal, com carro de som, faixas, cartazes, barracas e apitos. Pretendem paralisar as atividades, ainda que seja por licença de doação de sangue.

No Legislativo, eles ocuparão a tribuna livre, em nome da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), e apresentarão moção de repúdio ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) para subscrição dos vereadores.

O Sindicato dos Servidores Municipais Estatutários (Sindest), por sua vez, elaborará cartilha com as funções dos oficiais administrativos, recomendando que não façam nada além delas nas jornadas de trabalho, numa espécie de ‘greve branca’ ou ‘operação tartaruga’.

Todas as decisões foram aprovadas em assembleia, na noite de sexta-feira (20), que está em caráter permanente, para os 1.150 integrantes da categoria, e que se reunirá na semana que vem, após o feriado prolongado, para avaliar os resultados da campanha.

Eles estão insatisfeitos com a suposta desistência do prefeito de mandar projeto de lei, à Câmara, regulamentando o plano de carreiras.

Segundo o presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, o prefeito chegou a assumir o compromisso, em 22 de março, em seu gabinete, para comissão da categoria.

Nesse dia, cerca de 300 funcionários estavam na escadaria do Paço e ficaram esperançosos de que o projeto seria votado nos próximos dias. “Infelizmente, nesta segunda quinzena de maio, ele mandou o secretário municipal de gestão, Fábio Alexandre Fernandes Ferraz, dizer que não tem como implantar a medida”.

A decisão do prefeito foi passada à diretoria do sindicato, à comissão dos funcionários e ao vereador Keny Mendes (PSDB) na segunda-feira (16) à noite, no gabinete do secretário.

“O servidor não fará papel de palhaço e o sindicato não aceitará esse passa-moleque”, reclama Fábio Pimentel. “Se for necessário, paralisaremos as atividades”.

As assembleias são realizadas no Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintrasaúde), na Avenida Ana Costa, 70, convocadas nos termos da Lei de Greve (7783-1989), na ausência de legislação específica.