Del Nero chama dirigente 'crítico' para seleção e foge dos holofotes

O dirigente chamou Dunga para uma reunião e criticou o treinador pela fraca campanha da equipe nas eliminatórias da Copa do Mundo

5 MAI 2016 • POR • 19h00
Marco Polo Del Nero preferiu evitar os holofotes na convocação da seleção para a Copa América - Divulgação

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, preferiu evitar os holofotes nesta quinta (5) na convocação da seleção para a Copa América.

O dirigente não se sentou ao lado dos integrantes da comissão técnica no palco do centro de conferência da CBF. Até então, o cartola ficava entre o técnico Dunga e o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi.

Desta vez, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, ficou no palco. Ele foi apresentado como o chefe da delegação brasileira na Copa América.
Investigado pelo FBI, Del Nero não deve viajar para os EUA.

Crítico da CBF, Bandeira de Mello não quis responder na coletiva sobre a sua decisão. Ele foi um dos idealizadores da Primeira Liga, torneio organizado pelos clubes. Durante a organização do evento, ele criticou a confederação.

Del Nero reassumiu o comando da entidade no dia 7 de abril.

Ele estava afastado do cargo desde dezembro, quando o FBI o acusou de ser um dos beneficiários de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos de torneios no país e no exterior. No mesmo dia, o Comitê de Ética da Fifa também abriu uma investigação contra o cartola.

Nesta quinta, Del Nero preferiu assistir à entrevista de Dunga na plateia. Ele se sentou junto com os dirigentes da entidade.

No mês passado, o dirigente assumiu o cargo após uma licença. Na volta, chamou Dunga para uma reunião e criticou o treinador pela fraca campanha da equipe nas eliminatórias da Copa do Mundo.

O time está em sexto lugar, com nove pontos. A seleção está fora da zona de classificação para o Mundial da Rússia.