Baixada Santista perde mais de 15 mil postos de trabalho

Mercado de trabalho teve 15.704 vagas fechadas em 2015. E o desemprego continua neste ano

3 MAI 2016 • POR • 09h00
Empregados demitidos de empresa de turismo aguardam homologações no Sindicato dos Rodoviários - Divulgação

Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged-MTE), no acumulado de janeiro a dezembro de 201

5, o mercado de trabalho formal na Baixada Santista acumulou um fechamento de 15.704 postos de trabalho formais.

O desemprego, segundo a pesquisa aponta vários setores da economia. A área mais afetada, entretanto, nos últimos meses foi o setor ­metalúrgico.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, Florêncio Resende de Sá, Sassá, 4.100 postos de trabalho foram fechados no setor, sendo que o impacto maior ocorreu na Usiminas de Cubatão, com cerca de 2.100 ­demissões.

“As demissões começaram no final do ano passado, com a Usiminas dando a largada. A partir daí houve um efeito “­dominó” nas demais empresas metalúrgicas que prestam serviços para a Usiminas. Não tem um só dia que não haja homologações de demissões aqui no sindicato e isto é realmente muito triste”, lamenta o líder sindical dos ­metalúrgicos.

Na última quinta-feira, a Ecoporto demitiu 140 empregados de uma só vez e também a Taypas Turismo seguiu o mesmo ritmo demitindo cerca de 70 funcionários. Todos foram homologar suas demissões no ­Sindicato dos Rodoviários de Santos.

Varejista

Em fevereiro, o varejo do Litoral fechou 891 postos de trabalho, resultado de 2.323 admissões contra 3.214 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 2.322 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo de 2,7% do estoque total, que atingiu 83.237 trabalhadores formais no mês.

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Das nove atividades analisadas, apenas o setor de farmácias e perfumarias registrou crescimento no total de empregos formais em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2015 (0,3%).

Os setores que apresentaram recuos mais significativos foram os de concessionárias de veículos (-15,2%); de lojas de móveis e decoração (-7,2%); e de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de ­departamento (-6,1%).