O favorito e a sensação: Santos e Audax abrem final do Paulistão

Diferente do restante da competição, o campeão será conhecido em dois jogos. No próximo domingo, os times jogarão no alçapão da Vila Belmiro na finalíssima do Estadual

1 MAI 2016 • POR • 10h00
Estádio José Liberatti, palco do primeiro duelo entre Santos e Audax, já tem ingressos esgotados - Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Chegou a grande hora para Santos e Audax. Depois de 17 rodadas e muitas emoções para os dois lados, as equipes se enfrentam neste domingo, às 16 horas (horário de Brasília), no estádio Municipal de Osasco José Liberatti, pela primeira final do Campeonato Paulista 2016. Diferente do restante da competição, o campeão será conhecido em dois jogos. No próximo domingo, os times jogarão no alçapão da Vila Belmiro na finalíssima do Estadual.

“Fiquei feliz. Tenho falado que essa final é um prêmio para o futebol brasileiro, porque são times que jogam para frente. Cobramos jogos mais bonitos, o torcedor quer lance de efeito e são equipes que propõem o jogo. Estou há mais de um ano e meio no Santos e é minha terceira decisão. Essa seria diferente. O Audax vai nos atacar o tempo inteiro, diferente do que o Palmeiras fez”, ilustra Victor Ferraz, lateral um dos líderes do Peixe.

Essa é a oitava final seguida do alvinegro praiano em Paulistas. A décima nas últimas 11 edições. Além disso, mesmo com todo respeito que o elenco tem demostrado ao seu adversário, que nunca foi tão longe no Estadual, é inegável que existe uma pressão maior sobre os ombros dos santistas.

“Pesa, porque o Santos tem o favoritismo. Sabemos que os grandes têm que estar na final. Quando surge o pequeno, o grande tem o favoritismo. Mas, em campo, é complicado. Não vai ser fácil. Deixamos o favoritismo de fora. São 11 contra 11. Esperamos fazer um bom jogo para trazer para a Vila”, afirma o experiente volante Renato.

No Audax, o clima é atípico. Na sexta-feira, antevéspera da final, o elenco retornou se Sorocaba, onde passou toda a semana aproveitando a estrutura do Atlético, time da cidade, para a realização dos treinos. No palco da partida, Fernando Diniz, como de praxe, não autorizou a imprensa a acompanhar a atividade.

As dependências do estádio, no entanto, ficaram movimentadas. Dezenas de câmeras apontadas para o campo deram o tom do momento decisivo: nunca um treino do Audax repercutiu tanto na cidade de Osasco. Até Seu Mario, como é conhecido o ‘dono’ do time, esteve presente para acompanhar o treino, que certamente serviu para aprimorar o tão comentado toque de bola com movimentações sincronizadas da equipe.

“O Audax tem essa filosofia. Não vai abrir mão. Não é novidade. Nos outros anos, fez igual. Tomou goleada do São Paulo e goleou o São Paulo assim. Brincamos que na marcação tem que ser pequeno e, com a bola, time grande. O Audax arrisca. É não dar chance. Tem que congestionar o meio”, avisa Renato, preocupado com as armadilhas de Fernando Diniz.

Tanto Santos quando Audax têm poucos problemas com o elenco. Na Baixada, Dorival Júnior decidirá em cima da hora de David Braz joga ou não. O zagueiro torceu o tornozelo esquerdo na semifinal e é dúvida. Lucas Veríssimo está de sobreaviso. Já na equipe da Grande São Paulo, apenas o volante Francis pode virar desfalque por causa de uma sobrecarga muscular na coxa.