Sem reagir, moradora de SP é morta em assalto na Anchieta, em Cubatão

Marido da vítima parou o carro – um Toyota Corolla – para urinar quando três bandidos anunciaram o roubo

25 ABR 2016 • POR • 20h04
O crime ocorreu na altura dos bairros Cota, na subida da serra - Arquivo/DL

Moradora da zona leste da capital paulista, Sônia de Fátima Migliora, de 57 anos, foi morta com um tiro no tórax ao ser vítima de assalto na rodovia Anchieta, em Cubatão, na volta do feriado prolongado de Tiradentes. O marido dela, um eletricista de 57 anos, afirmou à polícia que ela entregou a bolsa e em nenhum momento reagiu. O disparo foi feito por um dos ladrões antes da fuga.

O latrocínio (roubo seguido de morte) ocorreu por volta das 17h de domingo (24). O eletricista parou o carro, um Toyota Corolla preto, para urinar na altura do quilômetro 47 da rodovia, próximo aos bairros Cota, e saiu do carro.

Sônia aguardava o retorno do marido quando foi surpreendida por três bandidos que saíram de um matagal, um deles portando revólver.

O eletricista afirma à polícia ter pedido para que os bandidos se acalmassem porque poderiam levar tudo o que quisessem. O trio recolheu a carteira do eletricista, contendo documentos, cartões e dinheiro e a bolsa de Sônia, com R$ 1,5 mil, documentos e celular.

Sem motivo aparente, o bandido armado atirou contra Sônia, e na sequência o trio fugiu para a mata.

Socorro médico

O eletricista buscou socorro junto a uma viatura da Polícia Militar Rodoviária, que escoltou o Corolla até uma unidade de resgate da Ecovias (concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes). A vítima foi encaminhada para o Pronto-Socorro de São Bernardo do Campo, mas já chegou morta.

Sem câmeras

O trecho onde o crime ocorreu não tem câmeras de monitoramento, conforme afirmou nesta segunda-feira ao Diário do Litoral o delegado Wanderley Mange de Oliveira, titular do 3º Distrito Policial de Cubatão (Vila Nova).
Mange ainda aguarda resposta do marido da vítima fatal para iniciar os procedimentos de identificação dos bandidos.

Como os ladrões estavam com os rostos à mostra e eletricista memorizou as feições do atirador, esta etapa é fundamental para o esclarecimento do caso. "Se ele (atirador) estiver pelo menos fotografado a gente já consegue elucidar", diz Mange.