Usiminas vai reduzir impacto de demissões

Empresa apresentou conjunto de medidas em reunião com o Ministério Público do Trabalho e sindicados

8 JAN 2016 • POR • 10h00
Siderúrgica está desativando a produção de aço na usina de Cubatão - Luiz Torres/DL

Em reunião realizada ontem entre a Usiminas, o Ministério Público do Trabalho e os sindicados, a siderúrgica apresentou um conjunto de medidas para minimizar os impactos gerados aos seus empregados com a desativação, em curso, das áreas primárias da usina de Cubatão. Este é o oitavo encontro entre as partes.

Segundo a Usiminas, estas medidas incluem manutenção dos planos de saúde e odontológico por três a seis meses, opção por auxílio-alimentação por até quatro meses ou por recebimento do benefício de retorno de férias ou contribuição previdenciária durante três meses para empregados com possibilidade de aposentadoria, prioridade na recontratação quando da reativação dos equipamentos, remanejamento interno de alguns profissionais para áreas na usina que permanecerão operando e workshops de recolocação profissional.

“A Usiminas espera que as negociações prossigam com bom senso, visto que as medidas apresentadas representam suas possibilidades financeiras e tendo em vista o cenário de profundos desafios vivido pela indústria do aço”, explica a siderúrgica.

O Instituto Aço Brasil, entidade que reúne as principais siderúrgicas brasileiras, divulgou que o consumo aparente de aço no Brasil caiu 15,8% no intervalo de janeiro a novembro (dado mais recente), em relação ao mesmo período de 2014, que, por sua vez, já havia sido 6,6% menor do que em 2013. “Diante desta queda progressiva do mercado, não resta alternativa à empresa senão ajustar sua capacidade de produção de aço bruto a esta realidade de baixa demanda, com consequente impacto no quadro de pessoal”, justifica.