Brasil precisa de portos modernos para crescer, afirma Dilma

A presidente ressaltou que o governo "não tirou uma vírgula dos direitos dos trabalhadores"

6 MAR 2013 • POR • 15h31

No discurso feito nesta quarta-feira para governadores e prefeitos, a presidente Dilma Rousseff defendeu a exploração de portos pela iniciativa privada. "Não há razão técnica para que o contêiner seja exclusivo do porto público", disse. No mesmo sentido da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, que ela encaminhou ao Congresso, Dilma afirmou que esse tipo de carga também tem de ser transportado por portos privados. "Atualmente, os portos privados têm um limite para fazer transporte de carga de suas empresas", disse. "O Brasil não vai crescer se o seu sistema de portos não modernizar."

A presidente ressaltou, ainda, que o governo "não tirou uma vírgula dos direitos dos trabalhadores". Foi uma resposta às centrais sindicais, que resistem ao texto da MP enviada ao Congresso que, segundo eles, vai tornar precária a relação de trabalho no setor. "Queremos critério de seleção por competência, meritocracia e capacidade de gestão", disse a presidente.

Educação

A presidente Dilma defendeu também que as receitas do petróleo (royalties e participações especiais) sejam destinadas à educação. Embora na plateia estivesse o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, a presidente não se referiu à polêmica sobre a distribuição dos royalties entre os Estados produtores, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, e os demais Estados da Federação. "Destinar os royalties do petróleo, as participações especiais e tudo o que arrecadar do petróleo para a educação é condição para o País mudar de patamar", enfatizou a presidente.

Ela ressaltou que valorizar a educação é, sobretudo, dar bons salários e capacitar os professores. E, continuando, afirmou que nenhum governador ou prefeito poderá dar status aos professores se não houver orçamento. "Educação é salário de professor, professor capacitado, é País dar status a professor", declarou. Por isso, a presidente defendeu novamente uma nova fonte de receita para a educação. "Tem de colocar os royalties do petróleo para a educação. É a única coisa fundamental. Aí vamos garantir creches, alfabetização na idade certa, ensino integral e formação profissional para romper as amarras da competitividade", defendeu. "Temos de qualificar o nosso trabalhador."