Sindisan quer solução para caminhões de contêineres

Presidente solicitou área para estacionamento à Prefeitura de Santos

3 MAR 2013 • POR • 18h20

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Cargas do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha, aproveitou o II Fórum Brasil de Comércio Exterior para propor que os “pátios de contêineres vazios trabalhem no mínimo 18 horas por dia, porque isso é um dos maiores gargalos que temos hoje”.

Segundo Marcelo Marques, a Baixada Santista recebe de 7 mil a 12 mil caminhões/dia com destino ao pólo petroquímico de Cubatão e terminais portuários de Santos e Guarujá, o que causa uma série de transtornos como congestionamentos nas vias urbanas e estacionamento em vagas proibidas, em bairros residenciais.

O presidente do Sindisan afirmou que solicitou ao prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, a cessão de uma área para o estacionamento de carretas que se dirigem aos terminais portuários. “Esse estacionamento vai resolver o problema do contêiner porque o Ecopátio já resolveu o problema do granel”.

Para Rocha, a Prefeitura poderia ceder uma área para o estacionamento de caminhões em troca da cessão dos armazéns 1 ao 8, pela Codesp, para a construção do complexo turístico e comercial Marina Porto de Santos. 

Rocha disse que o Ecopátio, em Cubatão, abrirá vagas rotativas a partir de janeiro para 9 mil caminhões. “Cada caminhão está ficando, em média, 5 horas parado, então dá para fazer três rodagens. Essa é uma das grandes soluções que estamos tendo”.

Papa reconhece a necessidade de vagas apontada pelo presidente do Sindisan, mas afirmou que a solução não cabe à Prefeitura e sim à Autoridade Portuária, que “ao arrendar áreas do porto à iniciativa privada, não pensou em reservar espaços para os caminhões e na acomodação dos caminhoneiros”.

Papa disse que não é possível “reduzir espaços urbanos para a ampliação de estacionamentos para caminhões em detrimento da qualidade de vida da população da Cidade. O prefeito enfatizou que a Cidade também não tem mais áreas disponíveis, nem para a construção de creches.

“A organização do fluxo de caminhões desde o interior até o porto de Santos não passa pelo território santista”, disse ele, mas ponderou sobre a necessidade de um esforço conjunto entre os municípios portuários Santos, Cubatão e Guarujá, incluindo São Vicente, que sofre influência do porto, e o porto de Santos num planejamento harmônico para solucionar problemas como o de fluxo de caminhões nas vias urbanas.

“É preciso uma união entre os municípios portuários e o porto na questão ambiental, de logística, de acessos e gestão para dar continuidade na implementação desses planos”.