Ong denuncia queimada de lixo no Jardim Santense

Presidente da entidade diz que queima causa danos ambientais

3 MAR 2013 • POR • 01h15

O presidente da ONG Ambiente Global (AMGLO), José Antonio Gonçalves da Conceição, está denunciando queimadas de lixo que são despejados no terreno por onde passa a linha férrea, à margem da Avenida Salgado Filho, no Jardim Santense, no bairro Itapema, em Vicente de Carvalho.

Segundo José Antonio, “a queimada de resíduos diversos libera gases, inclusive o CO2, que polui o meio ambiente contribuindo para o efeito estufa”, explicou. “Uma parte dos moradores despejam todo tipo de lixo aqui neste terreno e tem outra parte que queima o lixo. A limpeza é jurisdição da Prefeitura que não orienta a população para os riscos ao meio ambiente”, disse ele. “Até cachorro morto já jogaram aqui”, complementou.

José Antonio apontou ainda no local um bueiro cheio de lixo e destampado. “Isso é um perigo para quem passa por aqui”. José Antonio ressaltou ainda que faltam políticas públicas voltadas ao meio ambiente na Cidade. “A Secretaria de Meio Ambiente é omissa, não tem gestão ambiental para essa área, nem para outras da Cidade”.

Além do lixo que é despejado no terreno, o mato de mais de um metro de altura preocupa moradores que residem em frente ao terreno. “A Avenida Salgado Filho está abandonada. É lixo, é mato, é rato, é cobra entrando no nosso quintal”, afirmou indignada Denanci Adão que mora na avenida há 17 anos. “Um dia achei um rato dentro da máquina de lavar. Uma vez fizeram uma queimada e teve que vir até Bombeiro apagar o fogo”, disse ela. “Uma cobra entrou no meu quintal e a outra eu não consegui pegar porque ela entrou para dentro do bueiro”, disse o aposentado Virgílio Rinaldi.

Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Guarujá respondeu que “o terreno apontado pelo reclamante pertence à Codesp. Apesar disso, a Prefeitura, sempre que possível, promove a retirada do lixo jogado pelos moradores das imediações e ainda executa a roçada e capinação do mato.

Quanto ao bueiro aberto, a Regional de Vicente de Carvalho, informou que a tampa está sendo providenciada e em breve será instalada. É que esse tipo de material leva 30 dias para ser apurado e depois afixado no local.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) não está omissa a esse problema (terreno). De acordo com o secretário Élson Maceió dos Santos, a Codesp já foi autuada várias vezes e intimada a tomar as devidas providências. O mesmo foi feito na área das torres, no mesmo bairro, que leva energia à Usina Hidrelétrica de Itatinga, localizada no município de Bertioga.

No entanto não é verdade que a Semam não tem uma política de gestão ambiental na Cidade. Basta dizer que nunca uma Administração trabalhou tanto em prol do meio ambiente, começando pela criação da secretaria(...) e do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema); foi realizada uma série de audiências públicas com órgãos e a participação maciça da comunidade, além da articulação com universidades públicas e privadas.

Codesp

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), informou por meio da assessoria de imprensa, que ainda não foi notificada oficialmente pela Prefeitura sobre o terreno, mas que enviará uma equipe para vistoriar o local e áreas adjacentes pertencentes à estatal, na margem esquerda, para providenciar limpeza e capinagem. A Codesp orienta ainda aos moradores locais que colaborem com a limpeza, evitando jogar lixo nos terrenos, o que acaba contribuindo para a proliferação de ratos e insetos.