Obras do IML de Praia Grande serão vistoriadas por CEV

O grupo visa a retomada dos atendimentos no local, que foi fechado em novembro de 2013, por ação do Ministério Público, alegando problemas na estrutura do espaço

12 NOV 2015 • POR • 10h37

A Comissão Especial de Vereadores (CEV), que acompanha a reabertura do Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande, participará de vistoria às obras do equipamento, na próxima quinta-feira (19), às 10 horas. O grupo visa a retomada dos atendimentos no local, que foi fechado em novembro de 2013, por ação do Ministério Público, alegando problemas na estrutura do espaço.

Desde que foi fechado, o Município se mobilizou em busca de reestabelecer os atendimentos. Em julho de 2014, Praia Grande doou terreno para o Estado, para que o mesmo pudesse fazer as intervenções e adequações necessárias. A obra teve início no final de 2014. Desde então, o prazo para a entrega dos trabalhos foi adiada por duas vezes. “O primeiro prazo foi fevereiro deste ano. Depois, outubro. Agora o prazo é dezembro. Vamos participar da vistoria para ver como está o andamento das obras e para nos certificarmos de que este prazo será cumprido”, disse o presidente da CEV, vereador Paulo Emílio de Oliveira (PRB). Também integram a comissão os vereadores Roberto Andrade e Silva, o Betinho (PMDB) — relator — e Marco Antonio de Sousa, o Marquinho (PMN) — membro.

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Segundo Paulo Emílio, é importante acompanhar este trabalho para que o Legislativo possa dar uma satisfação à sociedade. “Vamos fazer pressão política para que o atendimento seja reestabelecido antes da temporada de verão, pois, por haver mais pessoas na Região há mais casos de óbitos e prisões. Situações que demandam o trabalho do IML”.

Transtornos

Além de Praia Grande, outras seis cidades do Litoral Sul e Vale do Ribeira também são afetadas com o fechamento do IML. O trecho abrange desde a Área Continental de São Vicente até Pedro de Toledo.

O parlamentar ressaltou que não são apenas os óbitos, mas também a realização de exames de corpo de delito, e atendimento a presidiários, os principais serviços do IML. Por esta razão, a situação acaba influenciando negativamente a segurança na Região. “Para poder fazer um exame de corpo de delito, é necessário que haja escolta militar. Neste caso, a Polícia Militar precisa levar o detento até Santos e depois levá-lo de volta para a Praia Grande. Se o policial militar hoje fica duas ou três horas a disposição do detento para fazer o corpo de delito, indo para Santos, na temporada e com o trânsito complicado, ele vai ficar o dia inteiro. Isso afeta diretamente a segurança”, disse.

Números

Quando estava em funcionamento, o IML de Praia Grande fazia cerca de 70 necropsias e 500 exames de corpo de delito por mês. Desde que teve seu funcionamento interrompido, os trabalhos foram direcionados para Santos, o que dificultou o acesso aos serviços, principalmente o atendimento às cidades do Litoral Sul.

Ainda relacionado ao período em que estava em funcionamento, e conforme informou a Polícia Cientifica, na época, metade das pessoas que se dirigiam até o IML para passar por exames de corpo de delito eram do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Cidade. Para se ter uma ideia, durante os meses de dezembro de 2012 e janeiro e fevereiro de 2013, foram realizados 1.991 atendimentos. Destes, 1.069 eram de Praia Grande e 692 foram de presidiários.