Pirani revoga licitação para varredura de telefones

O edital de revogação da licitação com data de 25 de julho de 2007 foi publicado ontem

2 MAR 2013 • POR • 21h12

Após afirmar que não havia irregularidades na licitação para a contratação de prestadora de serviços de varredura e rastreamento dos telefones e dependências da Câmara Municipal de Guarujá, o presidente Carlos Eduardo Pirani revogou a tomada de preços nº 003/2007, no mesmo dia, alegando a falta de interesse público “superveniente”. O edital de revogação da licitação com data de 25 de julho de 2007 foi publicado ontem.

Na última quarta-feira, o presidente enviou nota de esclarecimento sobre a legitimidade da concorrência pública, uma vez que a mesma estava sendo questionada pelo Ministério Público (MP).

Na terça-feira, o promotor de Justiça do MP, André Luiz dos Santos, instaurou inquérito civil, para investigar possíveis irregularidades na licitação, intimando o presidente da Casa de Leis a prestar esclarecimentos, na próxima segunda-feira, às 14 horas, na Promotoria.

Na nota enviada por Pirani, através da assessoria de imprensa, o presidente do Legislativo alegava a necessidade da contratação dos serviços devido a gravações feitas no Legislativo ilegalmente. “na verdade, é de conhecimento público, que em seu passado recente, a Câmara de Guarujá sofreu com a divulgação de gravações feitas em suas dependências, de forma ilegal. O fato, ainda sob investigação judicial, não chegou a seu fim, ou seja, ainda não foram encontrados os responsáveis pelo crime. Assim sendo, não é de tudo estranho que o Legislativo deseje se proteger, de alguma forma, desse tipo de ação.”, dizia a nota.

Contudo o texto ainda destacava “é importante informar que o serviço prestado por empresas desse ramo, já atende outros órgãos públicos”, ou seja, apesar de haver empresas no mercado, o motivo da revogação da tomada de preços, alegado por Pirani, foi a falta de interessados.

Nossa reportagem tentou mais uma vez localizar o presidente da Câmara, mas ele não foi encontrado no Legislativo e nem por telefone para comentar sobre o assunto. O gabinete da presidência informou que Pirani não se encontrava na Casa devido ao recesso parlamentar e que não teria como localizá-lo.