Sócios-proprietários da Boate Kiss tem prisão preventiva decretada

Os quatro suspeitos de envolvimento no incêndio da boate são investigados pela Polícia Civil pela morte de 239 pessoas

1 MAR 2013 • POR • 19h41

A Justiça gaúcha decretou hoje (1º) a prisão preventiva dos quatro suspeitos de envolvimento no incêndio da Boate Kiss. Os sócios-proprietários do estabelecimento, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, são investigados pela Polícia Civil pela morte de 239 pessoas no dia 27 de janeiro.

Ao analisar o pedido, o Juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Louzada, ressaltou que o acontecimento gerou comoção mundial e motivou uma série de mudanças quanto à estrutura de casas noturnas e locais de concentração de pessoas no país. Para Louzada, há seguros elementos da existência de crime.

Leia Também

Petrobras já perdeu mais valor de mercado este ano do que em 2012

Banco Central registra em 2012 maior lucro desde 2008

Polícia pede prisão preventiva de envolvidos em tragédia no RS

Dilma faz primeira manifestação a respeito do Papa

ProUni convoca candidatos em lista de espera

Com a decisão de Louzada, foi revogado a prisão temporária dos envolvidos. Dessa forma, não há mais prazo constitucional para que os quatro suspeitos deixem a prisão. A medida também dá à Polícia Civil mais dez dias para conclusão do inquérito sobre o incêndio.

O advogado Jader Marques, que representa Elissandro Spohr, disse que a defesa, até o momento, não obteve acesso à íntegra da decisão. Sobre um possível perdido de habeas corpus para o seu cliente, Marques declarou que ainda vai analisar o assunto. “Ainda vamos decidir, mas acredito que não vamos pedir [o habeas corpus]. Desde o início, a maior intenção é colaborar com as investigações”, disse.