Mudança no seguro-desemprego vai à votação na Câmara

Mais de 46 mil pessoas deixaram de receber o benefício porque o texto original da MP previa que o trabalhador só teria acesso o benefício a partir de um ano e meio de carteira assinada

27 AGO 2015 • POR • 11h42

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu a sindicalistas colocar em votação nesta semana na Casa um projeto de lei que beneficia trabalhadores que não puderam ter acesso ao seguro-desemprego no período de tramitação da Medida Provisória 665 no Congresso.

Essa foi uma das demandas apresentadas em reunião na tarde de ontem, com representantes da Força Sindical e outras centrais sindicais. Os dirigentes disseram que 47 mil pessoas deixaram de receber o benefício porque o texto original da MP previa que o trabalhador só teria acesso ao seguro-desemprego a partir de um ano e meio de carteira assinada.

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O texto aprovado no Congresso reduziu a exigência para um ano. “O governo não quer pagar porque não tem legislação para isso”, explicou o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), ex-presidente da Força Sindical. Segundo os sindicalistas, Cunha votou ontem  a urgência do projeto do deputado André Figueiredo (PDT-CE) e hoje e a matéria vai ser pautada para votação.

“Essa injustiça com o trabalhadores será corrigida”, afirmou o presidente da Força, Miguel Torres. Também foi discutida na reunião de ontem a possível derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff, entre eles o referente à flexibilização do fator previdenciário e à extensão da regra de correção do salário mínimo para todos os aposentados. Os vetos serão apreciados em sessão conjunta do Congresso e, para serem derrubados, precisam ser rejeitados pela Câmara e pelo Senado.