Sabesp descobre furto de 11 milhões de litros de água na Baixada Santista

No ano passado, o furto de água ainda foi maior: 96 milhões de litros de água, que poderiam atender 479 mil pessoas por dia

25 JUL 2015 • POR • 11h44

Com o trabalho das equipes especializadas no combate às fraudes, no primeiro semestre deste ano, a Sabesp constatou 177 fraudes das 379 vistorias em imóveis com suspeita de irregularidade na Baixada Santista. Foram desviados 11 milhões de litros de água tratada, volume suficiente para abastecer 55 mil pessoas por um dia, um prejuízo para empresa de quase R$ 230 mil, quantia que poderia contribuir para novos investimentos na região. No ano passado, o furto de água ainda foi maior: 96 milhões de litros de água, que poderiam atender 479 mil pessoas por dia.

No mês de junho de 2015, uma única ação realizada pela Companhia de Saneamento no município de Guarujá - em conjunto com a Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Polícia Militar - numa área irregular da comunidade Vila Selma, constatou o desvio de mais de 365 milhões de litros de água em um ano.

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Para identificar a fraude, as equipes de caça-fraude da Sabesp realizam vistorias nos imóveis e também monitoram o histórico de consumo das casas, comércios e indústrias.

“Este trabalho permite aumentar a oferta de água e a eficiência da distribuição às residências. Mas é importante a consciência de todos neste processo de utilização correta e preservação dos equipamentos”, explica o gerente do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Operacional da Sabesp na Baixada Santista, engenheiro Andrenandes Gonçalves.

Além de ser comum o desperdício de água por parte do fraudador, porque não vai pagar o consumo real, o furto é considerado crime. A pena é de um a quatro anos de reclusão, além da aplicação de multa.

Qualquer violação aos equipamentos da Sabesp prejudica o funcionamento dos sistemas de abastecimento de água ou de esgotamento sanitário. O que pode causar, respectivamente, desabastecimento ou extravasamentos dos esgotos.

A empresa também conta com a colaboração da população que denuncia pelo 0800 055 0195 ou pelo Disque-Denúncia (181). A pessoa não precisa se identificar e a ligação é gratuita.