Fábio Santos diz que apoiaria eliminação se resolvesse problemas

Corinthians chama a morte de Kevin Beltrán Espada de acidente e dizem não acreditar em uma punição ao clube na Copa Libertadores

21 FEV 2013 • POR • 17h40

Os dirigentes do Corinthians chamam a morte do garoto Kevin Beltrán Espada de acidente e dizem não acreditar em uma punição ao clube na Copa Libertadores. Fala-se, porém, até em eliminação do atual campeão, algo que Fábio Santos apoiaria em circunstâncias diferentes das observadas por ele hoje.

“Se for para mudar tudo, sou a favor disso. Se houvesse tanta certeza de que não haveria mais morte nenhuma, que o povo estaria seguro dentro do estádio de futebol, eu seria a favor de tirar o Corinthians ou qualquer outro time da competição. Mas a gente sabe que não vai acontecer. A gente já cansou de perder vidas no futebol, e nada muda”, afirmou o lateral esquerdo.

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A edição atual da Libertadores é a primeira na qual existe de fato um comitê disciplinar. Há cinco membros – um deles, o brasileiro Caio Rocha, vice-presidente do STJD, não participará do eventual julgamento do Corinthians por ter ligação com uma das partes envolvidas –, dirigidos pelo uruguaio Adrian Leiza, dono do voto de desempate em caso de necessidade.

O regulamento é subjetivo, mas realmente prevê eliminação em casos extremos. No entanto, de acordo com a avaliação inicial, isso só aconteceria em casos de violência causada pelos próprios times, não por suas torcidas. Mesmo que se prove que o sinalizador que matou Kevin tenha partido de torcedores alvinegros, o San Jose também estará sujeito a punições por ter a responsabilidade da segurança na partida.

Edu Gaspar, gerente de futebol do Timão, diz estar tranquilo em relação ao possível julgamento. “Não acredito em punição, sinceramente. Pelo que conversamos no voo de volta, não tememos nada, até porque acreditamos que tenha sido um acidente. Tem muitas coisas, muitas pessoas envolvidas. É preciso avaliar com calma”, afirmou o dirigente.

Poucos jogadores falaram sobre o assunto, preferindo manifestar a dor pela morte do menino de 14 anos. Para Ralf, os atletas devem estar preparados para a decisão. “A diretoria não vai medir esforços. Mas, se tivermos de perder mandos de campo, vamos arcar com a consequência”, disse o cabeça de área.