Polícia Civil pára na quarta-feira

Categoria reivindica reposição salarial de 58% para repor as perdas dos últimos 14 anos

18 FEV 2013 • POR • 21h53

Policiais civis deflagram greve a partir da 0 hora desta quarta-feira em todo o Estado de São Paulo. Apenas 30% do efetivo permanecerão trabalhando para atender serviços essenciais. A Polícia Civil no Estado é composta por 35 mil profissionais, sendo 2.500 lotados na Baixada Santista e Vale do Ribeira. Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo – Região Santos (Sinpolsan), Decio Couto Clemente, a categoria reivindica reajuste salarial de 58% para repor as perdas dos últimos 14 anos para ativos e inativos, além da incorporação das gratificações.

De acordo com Decio, não houve acordo na reunião de ontem entre as entidades representativas da Polícia Civil e a Secretaria de Gestão Pública do Estado. A reivindicação é afeta a todos os profissionais da corporação. São eles, carcereiros, agentes policiais, investigadores, escrivães, papiloscopistas, operadores de telecomunicação e delegados.

Decio esclareceu que a greve será por tempo indeterminado até que o Estado atenda as reivindicações da categoria ou acene para as negociações. A partir de 0 hora de quarta-feira não serão lavrados boletins de ocorrência — exceto em caso de réu preso e de flagrantes —, serão suspensos encaminhamento de inquérito, investigações e atividade de cartório, em todas as delegacias. A emissão de carteira de identidade (RG) será mantida.

As Ciretrans trabalharão com 30% dos funcionários durante o período de greve. Decio mencionou que o Estado estuda a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Polícia Civil, porém, afirmou que a proposta não atende às reivindicações da categoria. “O que nós precisamos é da reposição salarial porque os salários estão defasados há 14 anos. A Polícia Civil é a última no ranking salarial das polícias do país”, declarou o presidente do sindicato.